Prisões em série por rinhas de galo em estados brasileiros

Em uma ampla operação conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), quatro homens foram detidos nesta quinta-feira (2) sob a acusação de organizar rinhas de galos em Manaus e outros estados do Brasil. A polícia conseguiu resgatar 81 galos vivos e encontrou 2 mortos durante as ações de captura.

Bruno Fraga, delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, salientou a eficiência da operação, mencionando que a mesma foi um esforço conjunto das Polícias Civis estaduais. “Esses indivíduos organizavam essas rinhas não só como um evento de entretenimento clandestino, mas como uma forma de adquirir grandes somas de dinheiro, constituindo uma rede criminosa de exploração animal”, detalhou Fraga.

Juliana Viga, delegada titular da Dema, revelou que os eventos eram coordenados nacionalmente e promovidos abertamente nas redes sociais. Em uma operação recente em janeiro, 16 indivíduos foram presos em Manaus durante um desses eventos ilegais. As investigações apontaram que os quatro presos eram os principais organizadores e promotores das rinhas.

Os envolvidos também estariam engajados em atividades paralelas como apostas online e vendas de rifas de galos da raça Muras. Além disso, o grupo é investigado por ameaçar a deputada estadual Joana Darc, presidente da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), após ela assumir a custódia dos animais resgatados.

“Estes suspeitos também enfrentam acusações por ameaça, injúria, calúnia, perseguição e violência psicológica contra mulheres”, acrescentou Viga. Segundo ela, a deputada passou a receber ameaças devido ao seu envolvimento na proteção dos galos apreendidos, que agora estão abrigados em um santuário sob cuidados especiais para ressocialização.

Os detidos foram capturados em diferentes locais, incluindo os bairros Monte das Oliveiras em Manaus, a cidade de Boa Vista em Roraima, e as cidades de Governador Valadares em Minas Gerais e João Pessoa na Paraíba. Eles serão julgados por uma série de crimes, incluindo maus-tratos a animais, associação criminosa e exploração de jogos de azar, e aguardarão a audiência de custódia sob custódia judicial