Empresárias de belo horizonte são detidas por envolvimento em crime de sequestro e tortura

A operação policial prendeu oito pessoas, incluindo duas mulheres conhecidas no setor imobiliário e de entretenimento

Por Plox

08/05/2024 08h06 - Atualizado há 11 dias

A última segunda-feira foi marcada por uma operação significativa da Polícia Civil em Belo Horizonte e Vespasiano, onde oito indivíduos foram detidos sob suspeita de envolvimento em um caso de sequestro e tortura de uma corretora de imóveis. Entre os detidos estão duas empresárias, que se destacam nas redes sociais com quase 500 mil seguidores combinados.

Foto: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Presas nas redes e na realidade

As empresárias, uma do setor de entretenimento e outra do imobiliário, acumulam uma grande quantidade de seguidores online, onde compartilham desde dicas de empreendedorismo até momentos de lazer em locais luxuosos pelo mundo. A primeira gerencia seis bares na região metropolitana de Belo Horizonte e a outra é proprietária de quatro empresas imobiliárias em Vespasiano. Juntas, frequentemente são vistas em publicações conjuntas nas redes sociais.

Motivações e detalhes da operação

De acordo com a investigação, o crime que resultou na detenção ocorreu em abril, onde a vítima foi atraída para uma residência sob o pretexto de um negócio imobiliário. No local, ela foi mantida em cárcere e submetida a seis horas de agressões físicas e psicológicas, incluindo ter seus cabelos cortados. A motivação seria uma disputa financeira, com a origem dos fundos envolvidos ainda sob apuração da polícia.

Além das prisões, foram executados oito mandados de busca e apreensão, que resultaram na coleta de evidências que podem ser cruciais para o avanço da investigação. Entre os detidos, alguns já possuem antecedentes criminais, inclusive com ligações ao tráfico de drogas.

Declarações e defesa

A defesa das empresárias não foi localizada para comentários, e a polícia mantém aberto o espaço para que estas apresentem sua versão dos fatos. Relatos indicam que os suspeitos se consideram vítimas de golpes financeiros por parte da corretora, que supostamente retinha cauções indevidamente.

Uma audiência de custódia, realizada na terça-feira subsequente à prisão, determinará o futuro dos acusados, se continuarão detidos ou se responderão em liberdade enquanto prossegue a investigação.

Destaques