Menina tem cabelo alisado sem autorização em salão de Belo Horizonte

Incidente gera revolta após tratamento combinado ser alterado sem consentimento da mãe; caso é levado à polícia

Por Plox

08/05/2024 08h11 - Atualizado há 12 dias

Em um episódio perturbador ocorrido no bairro Renascença, em Belo Horizonte, uma criança de 10 anos teve seu cabelo alisado sem o consentimento da mãe, apesar de ter sido combinado apenas um tratamento de hidratação natural. A mãe da menina, Patrícia Belfort, de 41 anos, que trabalha como operadora de caixa, registrou uma ocorrência policial contra a cabeleireira responsável pelo salão.

Criança só chora após alisamento, conforme conta a mãe Foto: Arquivo pessoal

Segundo Patrícia, a decisão de fazer uma hidratação natural surgiu como uma solução para o bullying que sua filha sofria na escola por causa de seu cabelo crespo. Em uma visita anterior ao salão, em outubro, o procedimento havia sido bem-sucedido, o que motivou a nova visita neste mês. No entanto, o retorno ao salão revelou um resultado inesperado e indesejado. "Minha filha lavava o cabelo e saiu do banheiro chorando e gritando: ‘Olha meu cabelo, mãe’. A cabeleireira alisou o cabelo dela mesmo eu falando que não era para fazer isso", descreveu Patrícia.

Ao tentar contato com a cabeleireira para esclarecimentos, Patrícia encontrou dificuldades, e a explicação que recebeu posteriormente foi de que houve uma troca acidental de produtos. "Infelizmente é assim que acontece", foi a justificativa dada pela profissional, segundo relato de Patrícia.

Impacto emocional

Desde o incidente, a menina está visivelmente abalada, a ponto de sua mãe considerar acompanhamento psicológico. "Ela está muito triste, tanto que vou ter que procurar um psicólogo. Não queria ir à escola, mas conversei com ela sobre a necessidade de continuar os estudos. Tudo que fizeram com ela me deixa muito indignada", contou a mãe.

Busca por justiça

Decidida a buscar reparação, Patrícia planeja levar o caso à Justiça. "A cabeleireira usou produto químico sem meu consentimento. O que vou fazer nem é por questão financeira, mas para impedir que outras pessoas passem pela mesma situação", afirmou.

Destaques