"Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" revoluciona a comédia romântica após 20 anos de lançamento

Filme estrelado por Jim Carrey e Kate Winslet é considerado um divisor de águas no gênero pela crítica especializada

Por Plox

19/03/2024 07h12 - Atualizado há cerca de 2 meses

Há duas décadas, o cinema viu o surgimento de uma obra que mudaria a percepção sobre comédias românticas: "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças". Dirigido por Michel Gondry e com roteiro de Charlie Kaufman, o filme foi lançado nos Estados Unidos em 19 de março de 2004, chegando ao Brasil em 23 de julho do mesmo ano. Protagonizado por Jim Carrey e Kate Winslet, "Brilho Eterno" se destaca por apresentar uma narrativa que mistura humor e melancolia ao explorar as complexidades das relações humanas.

Foto: UNIVERSAL PICTURES/DIVULGAÇÃO

Na trama, Joel (interpretado por Jim Carrey) descobre que sua namorada Clementine (Kate Winslet) passou por um procedimento para apagá-lo de sua memória. Indignado e sofrendo, ele decide submeter-se ao mesmo processo, mas durante o procedimento, Joel se arrepende e tenta a todo custo manter vivas as lembranças de Clementine.

O filme foi amplamente elogiado por sua abordagem original e comovente do fim de um relacionamento e do processo de esquecimento. Críticos destacam a habilidade de Kaufman e Gondry em criar metáforas visuais potentes, como os títulos dos livros se apagando e os pilares de uma casa de praia sendo destruídos pela maré, simbolizando o esquecimento e a perda.

João Paulo Barreto, um crítico de cinema, enaltece o filme por sua capacidade de capturar a essência dos relacionamentos humanos com suas metáforas sobre esquecimento e memória. A obra é vista não apenas como um marco no gênero das comédias românticas, mas também como um filme que oferece uma reflexão profunda sobre amor, dor e aceitação.

Bruno Carmelo, do site "Meio Amargo", ressalta que "Brilho Eterno" chegou em um momento crucial para o gênero, oferecendo uma nova perspectiva que desafiava os clichês predominantes. Segundo Carmelo, o roteiro de Kaufman propõe uma complexa dinâmica entre união e separação, com personagens que se afastam dos estereótipos tradicionais, contribuindo para uma renovação do gênero.

O filme, ainda que possa parecer flertar com elementos de ficção científica, é melhor classificado dentro do gênero da fantasia, conforme aponta Carmelo. Ele destaca a importância das temáticas de culpa, luto e a necessidade de confrontar tanto as memórias boas quanto as ruins para o crescimento pessoal.

Duas décadas após seu lançamento, "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" continua sendo um ponto de referência tanto para críticos quanto para o público, pela forma única e inovadora com que aborda o amor, a perda e a memória, deixando um legado duradouro na história do cinema.

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