Polícia Federal faz operação em empresas que venderam respiradores à Prefeitura de Fabriciano

A operação "Vácuo" investiga suposto superfaturamento em respiradores para a Prefeitura de Coronel Fabriciano

Por Plox

20/11/2020 10h39 - Atualizado há mais de 3 anos

Na manhã desta sexta-feira (20), a Polícia Federal colocou em ação a operação “Vácuo”, que investiga o suposto superfaturamento na venda e locação de respiradores na cidade de Coronel Fabriciano-MG. Os agentes federais cumprem nove mandados de busca e apreensão.
O alvo principal da operação são empresas ligadas à venda de equipamentos médicos. A Polícia Federal cumpre nove mandados de busca e apreensão contra suspeitos de terem acordados contratos com superfaturamento em respiradores destinados à Prefeitura de Coronel Fabriciano.
A Vara Federal Cível e Criminal de Ipatinga concedeu a PF mandados que estão sendo cumpridos em São José da Lapa, Confins e na capital mineira. Os locais onde os equipamentos médicos foram instalados estão sendo fiscalizados. Os agentes federais bloquearam bens e valores das empresas investigadas, também de sócios e proprietários.

A Polícia Federal cumpriu mandados em Confins, na Grande BH, sede da empresa envolvida nas investigação — Foto: PF-MG/Divulgação
 


De acordo com informações da Polícia Federal, o esquema funcionava de maneira que uma empresa laranja era usada para firmar os contratos superfaturados com a Prefeitura de Coronel Fabriciano.
A operação tem como principal alvo um grupo que teria vendido dois ventiladores pulmonares e alugado dez desse equipamento à Prefeitura de Coronel Fabriciano. Porém, chamou atenção dos policiais, o fato de que seis meses do aluguel dos equipamentos é maior que o valor de compra. Além de suspeitarem que alguns equipamentos não terem sido entregues. 

A Polícia Federal entrou na sede da empresa na cidade de Confins, na Grande BH — Foto: PF-MG/Divulgação
 


A Controladoria Geral da União (CGU) emitiu uma nota onde indica que o município teve um prejuízo de no mínimo, R$ 414 mil.

 

 

Administração conversa com o PLOX


O procurador geral do município, Denner Franco conversou nesta manhã com a reportagem do Plox, ele disse que o processo de contratação da empresa para aquisição e locação dos equipamentos destinados ao Hospital Dr. José Maria Morais atendeu as mais absolutas e rigorosas condições de legalidade. 

Dener Franco, Procurador da Prefeitura de Coronel Fabriciano / Foto: Divulgação
Dener Franco, Procurador da Prefeitura de Coronel Fabriciano / Foto: Divulgação

 

O advogado ainda ressalta que, “naquele momento em plena pandemia, onde existia muita demanda, pouca oferta, escassez de equipamentos e insumos, bem como a devido a urgência,  alinhado a necessidade e prioridade de proteção à vida e saúde, os preços de mercado foram adequados a realidade do momento pelas empresas de acordo com a lei da oferta e da procura”, afirmou Denner Franco.
O procurador também afirmou ao Plox que “o município reitera que preza pela legalidade e que todos os documentos sobre o processo foram disponibilizados no portal da transparência, e ainda, contribuirá de maneira irrestrita com qualquer investigação”
 

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