Lira admite erro ao criticar Padilha, mas ressalta problemas na articulação política de Lula

Presidente da Câmara reconhece equívoco em ofensas, mas mantém posicionamento crítico quanto à gestão do governo

Por Plox

24/04/2024 11h32 - Atualizado há 10 dias

Em recente declaração, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), admitiu que cometeu um equívoco ao insultar o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a quem chamou de "incompetente" e "desafeto pessoal". A confissão ocorreu durante o programa "Conversa com Bial", transmitido pela TV Globo na última terça-feira. Apesar do reconhecimento do erro, Lira não se desculpou formalmente e aproveitou para reafirmar suas críticas à coordenação política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil 22.04.2024

"Reconheço meus erros e acertos. Há meses tenho alertado o governo sobre as deficiências na articulação política. Nota-se um grande esforço para que os projetos cheguem maduros ao plenário", declarou Lira, indicando que, apesar do erro na forma como expressou sua crítica, mantém sua posição quanto ao conteúdo da mesma. Ele também enfatizou a importância de uma política transparente e direta, sem subterfúgios.

Lira também comentou sobre a atual dinâmica de trabalho na Câmara dos Deputados, negando que tenha utilizado "pautas-bomba" como forma de retaliação ao Palácio do Planalto. Segundo ele, desde que assumiu a presidência da Câmara em 2021, o cenário político tem sido o mais favorável para governar, refutando alegações de instabilidade ou dificuldades promovidas por sua gestão.

O contexto político foi marcado por eventos como a sessão do Congresso Nacional destinada à análise de vetos presidenciais e declarações do presidente Lula, que negou problemas na articulação política com o Congresso. Enquanto isso, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, tem atuado na redução das tensões entre Lira e Padilha, promovendo o diálogo.

Lula, defendendo o ministro Padilha, afirmou que, por pura "teimosia", o ministro permanecerá por muito tempo no cargo, destacando a falta de pautas problemáticas sob a liderança de Lira na Câmara, o que considera um indicativo da estabilidade política atual.

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