Doação de sangue no Brasil: hospitais fazem apelo por mais doadores

Com apenas 1,4% dos brasileiros doando regularmente, a necessidade de sangue é constante e urgente

Por Plox

26/02/2024 07h32 - Atualizado há 2 meses

No Brasil, a prática da doação de sangue, um gesto simples que pode salvar vidas, enfrenta um grande desafio: apenas 1,4% da população participa de doações regulares nos hemocentros do Sistema Único de Saúde (SUS), um número significativamente menor quando comparado a países europeus, onde a taxa chega a 5%. O sangue, um componente vital para o funcionamento do corpo humano, desempenha funções essenciais como transporte de oxigênio, defesa imunológica e coagulação, sendo crucial para pacientes em tratamento ou em procedimentos médicos de risco.

Foto: reprodução PIxabay

 

A cada doação, cerca de 450 ml de sangue são coletados, e o corpo do doador é capaz de repor rapidamente esta quantidade, permitindo que a pessoa retome suas atividades normais em apenas 24 horas. A importância da doação de sangue vai além da ação em si, pois os componentes sanguíneos têm um prazo de validade limitado: o concentrado de hemácias pode ser armazenado por cerca de 35 dias, enquanto as plaquetas, vitais para muitos tratamentos, apenas sobrevivem cinco dias em temperatura ambiente.

Foto: reprodução PIxabay

 

Elisa Helena Russo Rodrigues Gomes, hematologista do Hospital Márcio Cunha, enfatiza a necessidade de doações constantes e de uma gestão eficiente do sangue para manter os estoques adequados. A Fundação São Francisco Xavier destaca a importância do ato voluntário, especialmente antes de feriados prolongados, períodos críticos para os bancos de sangue.

Foto: Elvira Nascimento / Divulgação FSFX

 

Para se tornar um doador, é necessário gozar de boa saúde, ter entre 16 e 69 anos (com autorização para menores de 18), pesar mais de 52kg, estar descansado e não ter ingerido bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas. Restrições se aplicam a indivíduos que fizeram tatuagens, maquiagem definitiva ou colocaram piercing no último ano. O intervalo mínimo entre doações é de dois meses para homens e três meses para mulheres, com doadores acima de 60 anos limitados a doações semestrais.

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