Moraes nega pedido de Bolsonaro para arquivar inquérito da vacina

A recusa em arquivar o caso, anunciada nesta segunda-feira (25), baseia-se no progresso atual das investigações, consideradas em "regular andamento" pelo magistrado.

Por Plox

26/03/2024 16h36 - Atualizado há cerca de 1 mês

O Supremo Tribunal Federal (STF), através do ministro Alexandre de Moraes, decidiu manter aberta a investigação sobre um suposto esquema de fraude nos dados de vacinação contra a Covid-19, que envolveria o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras figuras. A recusa em arquivar o caso, anunciada nesta segunda-feira (25), baseia-se no progresso atual das investigações, consideradas em "regular andamento" pelo magistrado.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 

Alegações da defesa e resposta do STF

A defesa de Bolsonaro levantou questionamentos sobre a credibilidade da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, argumentando contra a validade das provas obtidas pela quebra de sigilo telemático. Contudo, Alexandre de Moraes refutou essas tentativas, enfatizando a inadmissibilidade de um investigado influenciar o curso das investigações.

Detalhes do inquérito e acusações

A Polícia Federal, apoiada em evidências coletadas, aponta para a formação de um grupo criminoso dedicado a inserir dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. A investigação resultou no indiciamento de Bolsonaro, Cid e outras 15 pessoas, ligadas à falsificação de certificados de vacinação. Segundo relatos, o ex-ajudante teria confessado que a ordem para a fraude partiu de Bolsonaro, incluindo falsificações em nome do ex-presidente e de sua filha, Laura Bolsonaro.

A defesa de Bolsonaro, por sua vez, argumenta contra a lógica das acusações, citando a dispensa de comprovação de vacinação para o ex-presidente devido a seu status diplomático, além de reiterar sua conhecida posição contra a vacinação.

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