Lula busca diálogo com agronegócio diante de desafios econômicos e políticos

Presidente propõe encontros regulares com o setor agropecuário em resposta à inflação alimentar e baixa aprovação

Por Plox

28/03/2024 10h39 - Atualizado há 30 dias

Diante do cenário de inflação nos preços dos alimentos e de um declínio na sua popularidade, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem intensificado o diálogo com representantes do agronegócio brasileiro. Iniciativas recentes incluem reuniões já realizadas com produtores de diversos segmentos, como carne e frutas, além de planos para encontros futuros com setores do café, algodão, florestas plantadas e bioinsumos. Estes encontros, com uma frequência sugerida de semanal a quinzenal, visam fortalecer as relações entre o governo e um dos pilares econômicos do país.

RICARDO STUCKERT/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - 27.03.2024

Churrascos na Granja do Torto

Uma abordagem menos formal tem sido adotada nas reuniões, que ocorrem na Residência Oficial da Granja do Torto, marcadas por churrascos ao entardecer. Esta iniciativa busca criar um ambiente mais amigável para o diálogo entre o governo e os representantes do agronegócio.

Impacto econômico e popularidade

A inflação alimentar tem sido um dos principais desafios para o governo, influenciando diretamente na popularidade do presidente. Pesquisas recentes indicam um aumento na desaprovação de sua gestão, evidenciando a urgência em endereçar questões econômicas para recuperar a confiança da população.

Melhoria nas relações com o agronegócio

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressalta uma melhoria na relação com o setor agro desde o início do mandato de Lula, embora reconheça que ainda há espaço para fortalecer esses laços. Essa aproximação vem após momentos de tensão, como a desinvitação do ministro para um evento agrícola importante em 2023, que Lula atribuiu a grupos de oposição.

Desafios da inflação alimentar

Com a inflação mantendo-se em níveis elevados, impactada por aumentos significativos nos preços de itens básicos como cenoura, batata-inglesa e feijão, o governo tem buscado estratégias para mitigar o impacto no custo de vida da população. Projeções da equipe econômica indicam uma possível deflação nos preços dos alimentos no primeiro semestre de 2024, embora a transmissão dessas reduções aos consumidores ainda seja incerta.

Perspectivas de popularidade

A popularidade do presidente enfrenta desafios, com a última pesquisa da Quaest/Genial apontando para o maior índice de rejeição desde o início de sua gestão, especialmente entre grupos específicos como os evangélicos.

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