Audiência sobre caso de vacinas falsas em Belo Horizonte inicia hoje
Empresários enganados por falsa enfermeira que aplicou soro no lugar de vacina contra Covid-19
Por Plox
01/02/2024 08h04 - Atualizado há mais de 1 ano
Em Belo Horizonte, a Justiça inicia nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, a audiência de instrução que envolve o caso da falsa enfermeira acusada de vender e aplicar supostas vacinas de Covid-19 em empresários. As sessões ocorrem na 4ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Comarca de Belo Horizonte, com previsão de início às 13h no Fórum Lafayette.

Este caso notório, ocorrido em março de 2021 em uma garagem de ônibus, ganhou atenção quando a vacina estava disponível apenas para grupos de risco. A falsa profissional de saúde é acusada de usar soro fisiológico ao invés do verdadeiro imunizante. Entre as testemunhas a serem ouvidas está o empresário Rômulo Lessa, dono da empresa onde se deu a vacinação. Lessa foi intimado em sua residência no dia 22 de janeiro.
A audiência quase enfrentou um adiamento devido a uma irregularidade apontada pelo Ministério Público, mas o juiz Rodrigo Heleno Chaves confirmou ontem, 31 de janeiro, que o problema foi resolvido e que a audiência ocorrerá conforme planejado. Os seis réus enfrentam acusações que incluem associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e falsidade ideológica.
O Ministério Público acusa a enfermeira de preparar e aplicar soro fisiológico, enganando as vítimas ao alegar que se tratava de uma vacina da Pfizer contra a Covid-19. Para o recebimento dos pagamentos, a acusada e membros de sua família forneceram contas bancárias para depósitos dos valores cobrados pelos falsos imunizantes.
A defesa da acusada solicitou que sua cliente fosse ouvida por videoconferência, pedido que foi aceito pelo juiz. O caso segue em aberto .