Justiça concede liberdade provisória ao ex-candidato a prefeito de Coronel Fabriciano

Dr. Ézio foi preso em Brasília por participar dos atos que culminaram na depredação dos edifícios sedes dos Três Poderes

Por Plox

01/03/2023 15h31 - Atualizado há mais de 1 ano

O Dr. Ezio Guilherme da Silva, ex-candidato a prefeito de Coronel Fabriciano em 2020, teve sua prisão preventiva revogada e concedida liberdade provisória na última segunda-feira (27), conforme confirmado pelo advogado Joaquim Xavier de Souza.

Trecho do documento do processo do Dr. Ézio conseguido com exclusividade pela Plox. Foto: Reprodução.

 

Dr. Ézio foi detido em Brasília por ter participado das manifestações no dia 8 de janeiro, que culminaram na depredação dos edifícios sedes dos Três Poderes. O cardiologista e morador de Coronel Fabriciano.

Dr. Ézio durante manifestações em Belo Horizonte. Foto: Reprodução/Internet.

 

Em 2020, o médico concorreu ao cargo de prefeito da cidade pelo partido Patriotas e recebeu 392 votos, o que representa 0,71% dos votos válidos. Agora, com a liberdade provisória concedida, o Dr. Ézio terá a oportunidade de se defender das acusações que pesam sobre ele.

Pronunciamento da defesa

Em nota enviada para a equipe de reportagem da Plox, o advogado do Dr. Ézio alega que, “não há provas contundentes” de que seu cliente teve qualquer participação ou tenha contribuído para a consumação dos fatos que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro. Joaquim Xavier ainda acrescenta que, “não foi praticado por ele qualquer ato sequer de vandalismo”, e o médico estava apenas nas mediações de onde ocorreu o fato. O representante do Dr. Ézio confia que sua inocência será provada no tribunal e que seu cliente “repudia veementemente quaisquer atos que ameacem o Estado democrático de direito”.

Veja a nota completa 

Eu, Joaquim Xavier de Souza, Defensor do Médico Dr. Ezio Guilherme Da Silva, informo que o mesmo teve sua prisão preventiva revogada na data de 27/02/202,  alega que, não há provas contundentes de que o mesmo teve qualquer participação ou tenha contribuído para a consumação dos fatos que ocorreram em Brasília no dia 08 de janeiro. Ademias, não foi praticado por ele qualquer ato sequer de vandalismo, estando apenas nos entornos dos locais dos fatos. Tendo sido conduzido em razão unicamente da decisão proferida pelo Ministro Alexandre De Moraes do Supremo Tribunal Federal, que impôs a prisão de todas as pessoas que estivessem nas imediações dos Quartéis Generais. Sua inocência será provada durante a instrução criminal.  Ainda, meu cliente repudia veementemente quaisquer atos que ameacem o Estado democrático de direito e os atos de invasão e enorme depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, ocorridos na capital federal no dia 08/01/2023, perpetrada por grupos radicais antidemocráticos, que não aceitam os resultados das eleições de 2022. Frisa que, a democracia brasileira não admite ataques, invasões e depredações. E deve ser defendida por todas as brasileiras e brasileiros.
Condições

Dr. Ézio e demais pessoas que foram liberados com o uso de tornozeleira eletrônica e ficarão sujeitos a restrições como a proibição de deixar o país e a proibição do porte de armas de fogo. Além disso, os 54 mineiros liberados estão proibidos de fazerem uso das redes sociais, conversar com os outros ex-presidiários e ainda terão a obrigação de comparecerem semanalmente à Justiça. 

Outros 54 mineiros foram liberados do Complexo Penitenciário da Papuda

Cinquenta e quatro mineiros que haviam sido presos em atos do dia 8 de janeiro foram liberados nessa terça-feira (28), após decisão judicial que determinou que eles deveriam ser soltos mediante o uso de tornozeleira eletrônica.

As autoridades vêm investigando a participação de grupos extremistas e de indivíduos que pregam o golpe militar e a violência contra as instituições democráticas.

A liberação dos 54 mineiros é um desdobramento importante das investigações e pode ajudar a evitar novos atos de incitação à violência. A utilização da tornozeleira eletrônica é uma medida cautelar para garantir que esses indivíduos não representem uma ameaça à segurança pública e à democracia.
 

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