Investigação em contrato milionário mobiliza Petrobras

Auditoria interna apreende celulares de diretores em meio a suspeitas de irregularidades

Por Plox

01/03/2024 23h34 - Atualizado há 8 meses

A Petrobras iniciou uma auditoria interna que resultou na apreensão dos celulares de dois de seus diretores, William França e Sérgio Caetano, devido a uma investigação sobre um contrato milionário com indícios de irregularidades com a Unigel, destacada produtora de acrílicos e estirênicos na América Latina. Este procedimento ocorre paralelamente a uma investigação conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que visa esclarecer a natureza da participação dos diretores na aprovação desse contrato, conforme reportado por Lauro Jardim, em O Globo.

O contrato em questão, firmado no final de dezembro de 2023, está avaliado em R$ 759 milhões e levanta preocupações sobre um possível prejuízo de R$ 487 milhões para a estatal. Esse acordo envolve serviços de industrialização, armazenamento, expedição, faturamento e pós-venda de ureia e amônia, utilizando as fábricas de fertilizantes nitrogenados da Petrobras localizadas em Sergipe e na Bahia, operadas pelo grupo Unigel desde 2019.

Contexto da Investigação e Implicações

A situação se agravou com a recomendação de afastamento dos diretores implicados pela KPMG, uma organização global de auditoria contratada pela Petrobras para auxiliar na investigação. A preocupação é que, caso as demonstrações financeiras da Petrobras não sejam validadas pela auditoria da KPMG até 5 de março, isso possa afetar negativamente a distribuição de lucros aos acionistas da companhia.

Adicionalmente, foram registradas três denúncias no canal interno da Petrobras, alegando que França e Caetano exerceram pressão sobre as equipes técnicas para a aprovação do contrato controverso. Essas acusações reforçam a necessidade de um afastamento temporário dos diretores até a conclusão das investigações.

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