Putin ameaça mundo com possibilidade de guerra nuclear e avanço sobre a Ucrânia
Em meio ao avanço militar na Ucrânia, Putin avisa sobre riscos nucleares se houver intervenção ocidental, enquanto críticas internacionais emergem.
Por Plox
01/03/2024 07h07 - Atualizado há 8 meses
O presidente russo, Vladimir Putin, emitiu um severo aviso sobre o perigo de uma guerra nuclear caso o conflito na Ucrânia se agrave. Esse alerta foi feito durante um discurso à nação, onde Putin também celebrou o progresso das forças russas na Ucrânia. A declaração surge em um momento crítico, apenas duas semanas antes das eleições presidenciais na Rússia, nas quais Putin não enfrentará opositores.
Putin destacou as consequências catastróficas que poderiam advir do envio de tropas ocidentais para Kiev, uma possibilidade mencionada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, no início da semana. A resposta de Putin foi clara: qualquer intervenção militar ocidental na Ucrânia resultaria em uma tragédia, com a Rússia pronta para usar suas capacidades militares, incluindo armas nucleares, para defender seus interesses.
Enquanto Putin falava, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, descreveu as declarações do presidente russo como "irresponsáveis", negando qualquer evidência de que a Rússia estivesse se preparando para um ataque nuclear.
No discurso, Putin também refletiu sobre as recentes vitórias militares russas, como a tomada de Avdiivka, e elogiou o suporte do povo russo à campanha na Ucrânia. Prometeu que as tropas russas continuariam avançando, sem recuar ou falhar. O presidente russo também destacou a resiliência da economia russa frente às sanções ocidentais, concentrando-se no fortalecimento militar e na expansão para mercados asiáticos.
Apesar das críticas internacionais e do silêncio sobre a morte de Alexei Navalny, o principal opositor do Kremlin, Putin delineou um plano para o futuro da Rússia até 2030, focando em infraestrutura, educação, novas tecnologias e apoio às famílias numerosas. Este discurso ocorreu na véspera do funeral de Navalny, cuja morte em circunstâncias misteriosas gerou comoção nacional e internacional, embora Putin não tenha comentado publicamente o fato.