Rio de Janeiro registra primeiro caso de febre oropouche
Homem no Rio contrai vírus após viagem ao Amazonas, marcando o primeiro caso confirmado no estado
Por Plox
01/03/2024 09h01 - Atualizado há 5 meses
A Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro confirmou o primeiro caso de febre oropouche na região, afetando um homem de 42 anos residente no bairro do Humaitá, na capital. Este indivíduo, que recentemente viajou ao Amazonas, agora representa o primeiro registro documentado desta doença no estado, uma condição transmitida por mosquitos, incluindo o pernilongo e o maruim.
Sintomas e Diagnóstico
A febre oropouche se manifesta com sintomas similares aos da dengue, incluindo febre súbita, dor de cabeça severa, dor nas costas e articulações, além de tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Atualmente, não há um tratamento específico para a febre oropouche, apenas cuidados de suporte para aliviar os sintomas.
Investigação e Evolução do Caso
O diagnóstico do paciente foi confirmado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo a Secretaria de Saúde, o caso é considerado importado, dado o histórico de viagem do paciente ao Amazonas, região que vem enfrentando um aumento significativo de casos. O paciente não necessitou de internação e está apresentando boa recuperação.
Alerta Epidemiológico
O aumento da incidência da febre oropouche no Amazonas e sua aparição no Rio de Janeiro acendem um alerta para a saúde pública. A Secretaria de Saúde enfatiza a importância de os médicos indagarem sobre viagens recentes dos pacientes à região Norte, e vice-versa, para assegurar diagnósticos precisos e tratamentos adequados.
Prevenção e Controle
Com surtos da febre oropouche registrados na Amazônia desde a década de 1970, e uma prevalência crescente em anos recentes, especialmente no Amazonas, Acre e Rondônia, a Fiocruz alerta para a potencial expansão da doença pelo país. O controle do vetor, especialmente em períodos de calor e em ambientes úmidos, é fundamental para prevenir a propagação.