Conflito verbal entre Trump e Zelensky gera repercussão mundial

Tensão na Casa Branca provoca reações entre líderes globais

Por Plox

01/03/2025 10h04 - Atualizado há 4 meses

O embate verbal entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ocorrido na Casa Branca na última sexta-feira (28), teve ampla repercussão mundial. O episódio, marcado por troca de acusações e tensão diplomática, gerou reações diversas entre as principais lideranças globais. Enquanto Moscou celebrou o momento como 'histórico', potências ocidentais reafirmaram apoio à Ucrânia.


Imagem Foto: Reprodução


A Rússia foi uma das primeiras a se manifestar. Kirill Dmitriev, gestor do Fundo Russo de Investimento Direto, classificou o episódio como um marco importante, enquanto Dmitry Medvedev, ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança, utilizou palavras agressivas contra Zelensky. Já Maria Zakharova, porta-voz da diplomacia russa, ironizou a situação e destacou a postura contida de Trump e seu vice, J.D. Vance, ao não reagirem fisicamente.



Por outro lado, a Ucrânia reforçou sua posição e alertou sobre os riscos de um cessar-fogo sem garantias concretas. O primeiro-ministro Denys Shmyhal enfatizou que um acordo mal estruturado poderia levar à ocupação russa de toda a Europa, enquanto o comandante-chefe do Exército, Oleksandr Sirski, reiterou o apoio incondicional das forças armadas ao presidente ucraniano.


A União Europeia também se pronunciou. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e António Costa, do Conselho Europeu, destacaram a dignidade e coragem de Zelensky, reafirmando o compromisso da UE com uma paz justa e duradoura. A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, ressaltou a necessidade de um novo líder para o mundo livre, apontando para um papel mais ativo da Europa.


Outros países da Europa também reagiram ao incidente. Na Espanha, o presidente Pedro Sánchez manifestou solidariedade a Zelensky e reforçou o compromisso com a assistência militar à Ucrânia, anunciando um novo pacote de ajuda para 2025. O presidente francês, Emmanuel Macron, enfatizou que a Rússia é o agressor e que a Ucrânia deve continuar recebendo apoio internacional. Olaf Scholz, da Alemanha, garantiu que seu país seguirá ao lado dos ucranianos em busca de uma paz duradoura e justa.


No Reino Unido, o primeiro-ministro Keir Starmer manteve contato com ambas as lideranças e afirmou que Londres segue firme no apoio à soberania da Ucrânia. A Itália, representada pela premiê Giorgia Meloni, solicitou uma cúpula emergencial entre EUA, Europa e aliados para discutir os desafios impostos pelo conflito.



Na Polônia, o primeiro-ministro Donald Tusk enviou uma mensagem direta a Zelensky e ao povo ucraniano, assegurando que eles não estão sozinhos. O primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, reiterou o apoio inabalável de seu país à Ucrânia, enquanto Viktor Orban, da Hungria, elogiou a postura de Trump e agradeceu por sua defesa da paz.


Fora da Europa, Canadá, Austrália e Nova Zelândia também manifestaram apoio a Kiev, destacando a luta dos ucranianos pela democracia e pela soberania nacional. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, condenou a postura da Rússia, enquanto seu colega neozelandês, Christopher Luxon, reforçou o apoio ao direito internacional e à defesa da Ucrânia.



O episódio na Casa Branca evidencia as divisões geopolíticas que permeiam o conflito na Ucrânia e levanta questionamentos sobre o futuro das relações internacionais. Com as alianças globais sendo testadas, o desenrolar dos próximos dias será crucial para determinar os impactos dessa crise na estabilidade mundial.


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