MP denuncia prefeito de Piedade de Caratinga por fraude em concurso municipal

Ministério Público de Minas Gerais denuncia o prefeito e outros sete envolvidos por irregularidades em licitação e venda de gabaritos de concurso público

Por Plox

01/04/2024 14h04 - Atualizado há 4 meses

Em uma série de acusações que sacodem a administração municipal de Piedade do Caratinga, no Vale do Rio Doce, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou uma denúncia contra o prefeito Adolfo Bento Neto e sete outras pessoas, incluindo o ex-procurador jurídico da cidade. Eles são suspeitos de manipular um processo licitatório para favorecer uma empresa especificamente contratada para organizar um concurso público e de comercializar gabaritos deste concurso, comprometendo a integridade dos procedimentos de seleção para cargos na prefeitura.

Foto: Reprodução/Piixabay

Fraude e corrupção: o cerne das acusações

A denúncia, oriunda da Procuradoria de Justiça Especializada em Ações de Competência Originária Criminal (PCO), incrimina o prefeito por corrupção passiva, fraude em concurso público, dispensa ilegal de licitação e aceitação de vantagem indevida. Detalha-se que, no cerne deste escândalo, encontra-se um contrato de R$ 127 mil para a realização de um concurso público, valor considerado acima do mercado e que teria resultado em prejuízos aos cofres públicos.

A venda de gabaritos como estratégia de fraude

Além disso, a investigação do MP revela que o prefeito, junto com outras sete pessoas, estaria envolvido na venda de gabaritos do concurso, visando assegurar a aprovação de determinados candidatos. Relata-se que uma quantia de R$ 1.500 teria sido paga diretamente ao prefeito para garantir a aprovação de um indivíduo, enquanto o ex-procurador jurídico demandava até R$ 20 mil para fornecer respostas a outros participantes. Segundo o MP, três candidatos chegaram a pagar R$ 10 mil por esses gabaritos, alcançando uma alta taxa de acerto nas questões.

Em uma reviravolta, dois dos beneficiados por esses gabaritos admitiram sua culpa em acordo com o Ministério Público, culminando na anulação do concurso.

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