Semáforos sob ataque: Prejuízos e soluções frente aos furtos

Drenagem de recursos e obstáculos no trânsito

Por Plox

01/04/2024 09h25 - Atualizado há 6 meses

Desafios no semáforo Em Belo Horizonte, os constantes furtos de fios de cobre e equipamentos controladores de tráfego têm sido um grande obstáculo para o fluxo veicular eficiente e para as finanças municipais. No ano de 2023, a Prefeitura da capital mineira teve que desembolsar aproximadamente R$ 2,26 milhões em reparos decorrentes desses incidentes. Os cruzamentos semafóricos, que totalizam 1.106 em toda a cidade, foram os principais alvos, com os controladores semafóricos - essenciais para a programação dos sinais de trânsito - sendo o foco dos ladrões, segundo Júlio da Conceição, responsável pela gerência de Semáforo e Programação da BHTrans. Esses dispositivos, descritos como "o coração dos semáforos", têm cada um custo médio de R$ 32 mil, contribuindo significativamente para o aumento dos gastos com manutenção.

Foto: Pixabay / Reprodução

Estratégias contra furtos Para combater esse tipo de crime, a cidade implementou a substituição dos cabos convencionais por cabos bimetálicos, menos atrativos para os criminosos, o que resultou em uma redução significativa dos furtos. Além disso, os controladores estão sendo instalados em posições mais elevadas, e as caixas de conexão estão sendo concretadas para dificultar o acesso dos ladrões. Tais medidas visam não apenas prevenir os furtos, mas também minimizar os impactos no trânsito, que pode ficar comprometido por até 1h30 enquanto os semáforos são reparados.

Resposta às emergências A Prefeitura de Belo Horizonte mantém uma equipe de manutenção semafórica atuando 24 horas por dia para garantir a pronta resposta a quaisquer ocorrências. Em paralelo, a Guarda Civil Municipal e outros órgãos intensificaram o monitoramento e a resposta rápida aos alertas de furtos, embora capturar os criminosos ainda represente um desafio. O Projeto de Metodologia Ágil de Solução de Problemas (MASP), coordenado pelo Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), é uma iniciativa que promove a cooperação entre diferentes entidades para enfrentar o problema de forma eficaz.

Impacto além do trânsito O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) está investigando os impactos mais amplos desses furtos no funcionamento de serviços essenciais, como hospitais e semáforos, bem como no cotidiano da população. Uma reunião recente entre o MPMG, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), e outros stakeholders discutiu as ramificações desses crimes e estratégias para mitigar seus efeitos. O promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda ressaltou a importância de abordar o furto de cabos não apenas como um crime contra o patrimônio, mas como uma questão de interesse público devido aos seus amplos impactos sociais.

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