Na região metropolitana de Belo Horizonte, um episódio chocante ocorreu no bairro Ressaca, em Contagem, na noite do último domingo (31 de março). Uma mulher de 48 anos foi presa sob a acusação de ter assassinado seu marido, um homem de 68 anos, utilizando uma barra de ferro, após uma discussão intensa em que ele teria insultado a enteada e a própria esposa. A tentativa inicial da suspeita de encobrir o crime incluiu um pedido para que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não acionasse a Polícia Militar (PM) ao atender a ocorrência.
O crime e sua tentativa de ocultação
Inicialmente, a mulher relatou ao Samu que um invasor havia atacado o marido com um objeto contundente e fugido, mas a história começou a desmoronar assim que os médicos identificaram sinais de violência e contradições nas declarações da esposa. A PM, chamada após a confirmação do óbito pelo Samu, descobriu uma barra de ferro com vestígios de sangue próximo ao local, elemento que desencadeou a confissão da suspeita. Ela alegou que a agressão do marido, exacerbada após ele insultar a filha dela de 11 anos e a própria mulher, a levou a se defender e proteger a menina, resultando no golpe fatal.
Antecedentes de violência e defesa
A detida relatou uma história de violência doméstica prolongada ao longo dos oito anos de convivência com a vítima, incluindo três registros policiais de disputas familiares. Revelou, ainda, o histórico violento do marido, que supostamente havia assassinado uma ex-companheira. A mulher expressou o temor de se tornar a próxima vítima, o que, segundo ela, a motivou a agir em defesa própria e de sua filha.
O incidente, presenciado por duas crianças, deixa marcas profundas na família, que agora vê as menores sob cuidados de uma parente próxima. A polícia continua investigando o caso, enquanto a comunidade local lida com o impacto desse trágico evento familiar.