A volta das tarifas propostas por Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, reacendeu o clima de apreensão no mercado financeiro mundial, provocando uma onda de quedas nas principais bolsas de valores.

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A medida foi interpretada como um movimento protecionista que pode agravar as tensões comerciais internacionais, especialmente entre os EUA e outras grandes economias. Diante do anúncio, investidores passaram a adotar uma postura mais cautelosa, o que se refletiu diretamente nos índices das bolsas.

Rita Mundim, economista e comentarista especializada em mercado de capitais, comentou nesta terça-feira, 1º de abril de 2025, os impactos imediatos das declarações de Trump. Segundo ela, a sinalização do retorno de tarifas amplia o sentimento de instabilidade e pressiona ativos considerados mais arriscados.

O cenário, que já mostrava sinais de volatilidade nos últimos dias, piorou com as incertezas sobre o futuro das relações comerciais dos Estados Unidos. Essa insegurança levou a uma forte aversão ao risco, com investidores migrando para ativos considerados mais seguros, como o dólar e os títulos do Tesouro norte-americano.

Enquanto isso, os efeitos da tensão já começam a ser sentidos no Brasil. A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) opera em baixa, influenciada tanto pelo contexto internacional quanto pelas recentes declarações do presidente eleito, Lula, que também impactaram negativamente os mercados na última quinta-feira.

Apesar disso, a expectativa para o crescimento da economia brasileira em 2025 continua projetada em 2,89%. Em meio ao ambiente de incertezas, investidores seguem atentos aos próximos desdobramentos da política econômica mundial.