Policial da Core morto a tiros é enterrado sob forte comoção no Rio

João Pedro Marquini foi morto com cinco tiros de fuzil em Vargem Grande; viúva e filhos participaram do sepultamento, e investigação aponta latrocínio como principal hipótese

Por Plox

01/04/2025 13h50 - Atualizado há cerca de 2 meses

O corpo do policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), João Pedro Marquini, foi sepultado no final da manhã desta terça-feira (1º), no Cemitério Jardim da Saudade, localizado em Sulacap, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O agente foi morto na noite de domingo (30), após ser atingido por cinco disparos de fuzil, em Vargem Grande.


Imagem Foto: Reprodução


A cerimônia de despedida foi marcada por grande comoção. A juíza do 3º Tribunal do Júri, Tula de Mello, viúva de Marquini, chegou ao cemitério acompanhada dos três filhos do casal, pouco antes das 8h. Bastante abalada, ela recebeu o apoio de amigos e colegas do marido e fez questão de cumprimentar individualmente os policiais da Core presentes no velório.


Entre os participantes estavam tanto policiais fardados quanto à paisana, todos prestando homenagem ao agente, descrito como um profissional exemplar.


Imagem Foto: Reprodução


Fabrício Oliveira, coordenador da Core, destacou as qualidades de Marquini, afirmando que ele sempre se destacou nos treinamentos e que era considerado um \"policial fora da curva\". Segundo Oliveira, Marquini estava se preparando para um curso de atirador de precisão no Bope, o que reforçava sua dedicação à carreira.


A investigação conduzida pela polícia aponta para latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, como a principal hipótese para o crime. Na ocasião do ataque, Marquini havia ido de carona com a esposa até a casa da mãe dele, em Campo Grande, para buscar o próprio veículo, recém-saído do conserto.



Na volta, ele seguia na frente em seu carro, enquanto a juíza vinha atrás, em seu automóvel blindado. Ao descerem a Serra da Grota Funda, em Vargem Grande, criminosos interceptaram a via. Marquini, ao perceber a abordagem, ligou para um amigo e deixou o telefone no viva voz. Ele chegou a sair do carro com a arma em punho, mas não disparou e foi atingido pelos tiros antes de qualquer reação.


A juíza tentou dar ré para escapar, mas o veículo foi atingido por três disparos. Por ser blindado, Tula Mello não foi ferida. Os peritos encontraram no local apenas cápsulas de fuzil calibre 556, utilizadas pelos criminosos.


A morte do policial representa uma perda profunda tanto para a família quanto para a corporação, que ainda tenta entender os detalhes do ataque.


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