Homem que matou mulher com marretadas no metrô foi acusado de outros crimes

Em 2005, ele atacou dois homens na mesma estação e em 1993 matou a noiva

Por Plox

30/04/2021 21h33 - Atualizado há cerca de 3 anos

O aposentado Luciano Gomes da Silva, de 55 anos, suspeito de matar a auxiliar de limpeza Roseli Dias Bispo, 46 anos, com marretadas em um metrô de São Paulo na segunda-feira (26), já foi acusado por outros crimes. Ele, que agora se encontra preso, em 1993 teria assassinado a noiva e em 2005 teria esfaqueado dois homens na mesma estação que matou Roseli.

Por esses crimes, ele chegou a ficar internado por 18 anos em um manicômio judiciário e dois anos em uma prisão comum em São Paulo. Foi considerado que Luciano, nessa época, depois de ter sido submetido a exames psiquiátricos, era inimputável, por não ser capaz de compreender a gravidade de seus atos. O aposentado, então, não poderia receber punição criminal.

 Homem que matou mulher com marretadas no metrô foi acusado de outros crimes
Luciano Gomes, preso por matar mulher que desconhecia em metrô, já foi acusado por outros crimes Foto: Reprodução: Polícia Civil/Arquivo pessoal

Exames apontaram em Luciano “deficiência mental, consistente em esquizofrenia paranoide, doença congênita, permanente e irreversível”.

Esses dados estão sendo examinados pela polícia que está investigando o aposentado pelo crime cometido contra a auxiliar de limpeza.

Uma decisão da Justiça, em 2018, determinou que ele deixasse o Hospital Psiquiátrico da Rocha. O aposentado foi submetido a exames que consideravam que ele, por não ser mais um risco para sociedade, estava liberado para voltar para o convívio social.

Segundo Luciano, na ocasião em que esfaqueou dois homens no metrô de São Paulo, ele disse tê-los escutado chamá-lo de mulher ou gay.

O mesmo “surto psicótico” aconteceu em 1993. Naquele ano, de acordo com a Justiça, ele assassinou a noiva. Porém, ele só foi preso em 1996.

No início da semana, Luciano voltou a cometer crimes. Com marretadas na cabeça, o aposentado matou Roseli, apesar de nem chegar a conhecê-la.

Para os agentes de segurança que contiveram Luciano, ele disse ter ouvido que Roseli o chamava de gay ou mulher. Mesmas palavras que afirma ter escutado dos homens que esfaqueou há cerca de 16 anos .

Segundo o pai de Luciano, um serralheiro de 82 anos, o aposentado faz uso de medicação controlada para se acalmar.

Em depoimento à polícia, seu pai disse que ele tem um “histórico de agressões”.

“Seu filho dizia que ouvia vozes de homens e mulheres, os quais queriam transformá-lo em mulheres ou gays (sic)”, diz uma parte do depoimento.
 

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