Detento acusado de assassinar policial se automutila e é internado em Minas Gerais
Homem acusado de matar policial militar é hospitalizado após se automutilar
Por Plox
01/05/2024 20h26 - Atualizado há cerca de 1 ano
Em um incidente preocupante ocorrido no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, um homem de 26 anos, suspeito de assassinar o sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha, foi socorrido às pressas após se automutilar. O episódio aconteceu na última terça-feira, dia 30 de abril.

O acusado, que estava preso desde janeiro por atirar contra o militar durante uma perseguição na capital mineira, utilizou um gilete de barbear para infligir cortes em seus braços e pernas. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) confirmou o incidente na quarta-feira, dia 1º de maio, e informou que o detento foi imediatamente atendido pela equipe médica do presídio e, em seguida, levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima, onde passou por uma cirurgia para tratamento das feridas.
Atualmente, o homem encontra-se estável e sob cuidados médicos na enfermaria do presídio. A Sejusp também declarou que está investigando as alegações do preso, que afirmou ter sido vítima de tortura dentro da cela, o que já havia resultado em sua transferência de outra unidade prisional em março deste ano.
alegações de tortura e violência
Desde o início de março, a defesa do acusado vem alegando que ele foi submetido a torturas e retaliações por parte dos policiais penais, especialmente no presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves. O advogado do suspeito, Bruno Rodrigues, relatou ao jornal O Tempo que policiais militares teriam invadido a cela durante a madrugada e agredido seu cliente.
O Tribunal do Júri, ao tomar conhecimento das denúncias, autorizou a transferência do detento para o Complexo Nelson Hungria e recomendou a instalação de câmeras de vigilância na frente da cela do acusado, além de um novo exame de corpo de delito.
revisão do crime
Roger Dias da Cunha, o sargento vítima, tinha 29 anos quando foi morto em uma perseguição no bairro Novo Aarão Reis, na zona Norte de Belo Horizonte, em janeiro. O crime foi capturado por câmeras de segurança, que mostraram o momento em que o suspeito disparou à queima-roupa contra o policial, que não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral dias após ser levado ao Hospital João XXIII. O fato de o criminoso estar foragido após uma saída temporária da prisão durante o Natal intensificou o debate sobre a concessão desse tipo de benefício prisional em todo o país.