Quatro pessoas são indiciadas por fake news em Santana do Paraíso
O grupo pode pegar pena de prisão superior a 10 anos, caso condenados
Por Plox
01/05/2024 10h47 - Atualizado há 7 meses
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito que visava apurar conteúdos falsos difundidos em vídeos e mensagens por meio de grupos de Whatsapp, denunciando supostas irregularidades em desfavor do prefeito, vice-prefeito, chefe de gabinete e diretor de transportes da Prefeitura Municipal de Santana do Paraíso. Os vídeos circulavam por meio do aplicativo de mensagens desde novembro de 2023.
Após quebra de sigilo telefônico, a Polícia Civil indiciou pelos crimes de calúnia, injúria e difamação Ronalt Oliveira Távola do Carmo – 30 anos, Hebert Taylon Ferreira – 56 anos, Sinval Martins Coelho – 36 anos (que de acordo com as investigações utilizava um perfil falso com o nome de Margarida) e Leia Maria Martina – 45 anos (que inclusive é reincidente na prática de injúria).
Os autores foram intimados e ouvidos pela Polícia Civil.
Apenas a investigada Leia Maria Martina se pronunciou no inquérito, confessando ter compartilhado os vídeos sem a certeza da veracidade das informações, relatando ainda que seu objetivo era “fazer politicagem” para um pré-candidato a prefeito.
Os demais investigados ficaram em silêncio, sendo que nenhum deles apresentou qualquer prova que sustentasse o conteúdo das denúncias apresentadas nos vídeos.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e atualmente está em tramite perante a 2ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga (Processo n. 0005113-89.2024.8.13.0313).
Em nota, Filipe Salzmann, advogado que representa as vítimas afirmou que “As redes sociais não são uma terra sem lei e quem produz ou divulga informações falsas está cometendo crime. Neste caso, além de acompanhar o procedimento criminal e trabalhar pela condenação dos investigados, entraremos também com ações buscando responsabilizar civilmente os autores através de indenizações aos ofendidos”.