Centrais sindicais fazem ato pelo 1º de Maio em São Paulo sem presença de Lula
Presidente não comparece à celebração do Dia do Trabalhador, que contou com falas sobre jornada de trabalho e isenção do IR
Por Plox
01/05/2025 17h19 - Atualizado há cerca de 16 horas
Na manhã desta quinta-feira (1º), a Zona Norte de São Paulo foi palco de um grande ato em homenagem ao Dia do Trabalhador, promovido por centrais sindicais na Praça Campo Bagatelle, próxima ao Aeroporto Campo de Marte. Apesar da expectativa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participou da celebração. Quem representou o governo federal foi o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que chegou ao local por volta das 11h30.

O evento reuniu entidades como a Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores e Pública - Central do Servidor, além da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB). A CUT também participou da mobilização, atuando como convidada tanto no ato em São Paulo quanto em uma manifestação paralela em São Bernardo do Campo.
Durante os discursos, os líderes sindicais concentraram suas falas em temas que estão em tramitação no Congresso Nacional. Um dos destaques foi a defesa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/25, que busca reduzir a jornada de trabalho e acabar com a escala de seis dias de trabalho por um de descanso (6x1). Outra reivindicação marcante foi a isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais.
Na véspera do evento, o presidente Lula já havia abordado o tema da jornada de trabalho durante um pronunciamento oficial em alusão ao 1º de Maio.
“Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, declarou o presidente, sinalizando apoio a mudanças que beneficiem a classe trabalhadora
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Mesmo sem a presença do chefe do Executivo, o ato seguiu com forte engajamento dos participantes e reafirmou a luta das centrais sindicais por melhorias nas condições de trabalho no país, marcando mais um Dia do Trabalhador com pautas relevantes sendo levadas à esfera pública.