Zema critica Lula por manter Lupi no cargo após escândalo no INSS
Governador de Minas e pré-candidato à presidência diz que Brasil está de luto e questiona permanência de ministro após fraudes bilionárias
Por Plox
01/05/2025 18h30 - Atualizado há cerca de 14 horas
Durante o feriado do Dia do Trabalhador, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), usou suas redes sociais para criticar duramente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a permanência de Carlos Lupi à frente do Ministério da Previdência, mesmo após revelações sobre um esquema de fraude no INSS que desviou R$ 6,3 bilhões.

Vestido com uma camiseta onde se lia “1º de maio: dia de luto”, Zema afirmou que o país não tinha motivos para comemorar a data, pois aqueles que trabalharam por toda uma vida estariam sendo roubados. Segundo ele, os bilhões desviados da Previdência foram utilizados em compras de artigos de luxo, como obras de arte e carros de alto padrão, incluindo modelos como Porsche e Ferrari.
\"Como é que o Lula não demite um ministro que deixa roubar os aposentados?\"
, questionou Zema, referindo-se à ausência de providências contra Lupi, após as investigações conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União. Para o governador, Lula estaria temendo consequências maiores. “Lula está com medo de quê? Que as investigações cheguem a mais companheiros dele?”, insinuou.
As falas ocorreram em meio a um cenário político tenso. No dia anterior, a bancada federal do PDT sinalizou a possibilidade de deixar a base governista caso Lupi fosse afastado. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa do ministro, alegando que não há provas que o envolvam diretamente. “Se não tem nada que o envolve, não tem motivo para ser afastado”, afirmou ela, apontando para um possível afastamento apenas se houver comprometimento nas investigações.
Na mesma ocasião em que fez as críticas, Zema ainda trocou suas fotos de perfil nas redes sociais por uma imagem com insígnia de luto e reforçou sua posição como pré-candidato à presidência da República em 2026. Recentemente, ele se aproximou de outros governadores também cotados para a disputa, como Ronaldo Caiado (União) e Ratinho Jr. (PSD), em busca de apoio.
Enquanto isso, em pronunciamento nacional pelo Dia do Trabalhador, Lula declarou que o esquema de fraudes desmontado pela PF e pela CGU teria começado ainda em 2019, em referência ao início da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).