Morre a ex-sinhazinha Djidja Cardoso, envolvida em seita investigada por crimes

Polícia Civil do Amazonas investiga a mãe e o irmão de Djidja por cárcere privado e estupro

Por Plox

01/06/2024 11h01 - Atualizado há 4 meses

A empresária Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, foi encontrada morta aos 32 anos, na última terça-feira (28), no Amazonas. Envolvida com a seita "Pai, Mãe, Vida", fundada por sua mãe, Cleusimar Cardoso, e seu irmão, Ademar Cardoso, Djidja era um dos alvos de uma operação da Polícia Civil do Estado que investiga crimes como cárcere privado e estupro.

Foto: Instagram/Reprodução

Prisões decretadas

Cleusimar e Ademar tiveram prisões preventivas decretadas pela Polícia Civil. As investigações apontam que a seita é suspeita de distribuir ketamina, um sedativo de uso veterinário, e induzir funcionários de uma rede de salões de beleza de sua propriedade a utilizarem a substância. Os investigadores acreditam que a droga era administrada nos empregados em rituais conduzidos pelo grupo.

Overdose de ketamina

O delegado Cícero Túlio, em entrevista ao programa 'Balanço Geral' da RecordTV, afirmou haver "forte suspeita" de que a morte de Djidja foi causada por uma overdose de ketamina durante um desses rituais. Durante esses eventos, Ademar se proclamava a reencarnação de Jesus, Cleusimar se identificava como Maria, e Djidja como Maria Madalena.

Funcionários envolvidos

Além da família, funcionários do salão de beleza, Verônica da Costa Seixas (30), Claudiele Santos da Silva (33), e Marlisson Vasconcelos Dantas, também foram presos. Eles são acusados de induzir outros colaboradores e pessoas próximas à família a se associarem à seita.

Testemunhos e maus-tratos

Possíveis vítimas da seita relataram à polícia que eram obrigadas a permanecer nuas por vários dias, proibidas de se alimentar ou tomar banho, e submetidas a violência física e abuso sexual. Uma das vítimas revelou ter sofrido um aborto. Esses testemunhos são fundamentais para entender a extensão dos abusos cometidos pela seita.

Investigação em andamento

A morte da avó de Djidja, de 83 anos, também está sob investigação. Segundo relatos familiares, Ademar teria injetado ketamina na idosa após ela ter caído e se queixado de dores. A Polícia Civil também apura o uso de animais domésticos em rituais da seita e investiga se outras clínicas veterinárias forneceram substâncias de forma ilegal.

Ampla investigação

A DEHS (Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros) investiga se alguém medicou Djidja antes de sua morte. Outros crimes, como falsificação, corrupção, aborto provocado sem consentimento, estupro de vulnerável, sequestro, cárcere privado e charlatanismo, estão no escopo das investigações.

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