Tecnologia em xeque: Google recorre para evitar venda do Chrome

Empresa enfrenta sanções históricas nos EUA por práticas ilegais com navegador e buscas online

Por Plox

01/06/2025 14h44 - Atualizado há 4 dias

O Google anunciou neste sábado (31) que vai recorrer da condenação por práticas anticompetitivas nas buscas online, após audiência realizada na sexta-feira (30) que tratou das alegações finais do processo movido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.


Imagem Foto: Rede Social


A principal exigência das autoridades norte-americanas é a venda do navegador Chrome, além da proibição de firmar acordos de exclusividade com fabricantes de celulares para instalação prévia do mecanismo de buscas da empresa. O governo também defende que o Google seja obrigado a compartilhar os dados utilizados para gerar os resultados de seu buscador.



Em uma série de mensagens publicadas na rede social X, a empresa afirmou que espera pela decisão do tribunal, mas já se prepara para recorrer. “Continuamos acreditando firmemente que a decisão inicial estava errada”, declarou a companhia sediada na Califórnia.


Na avaliação do Google, as propostas do Departamento de Justiça dariam ao governo, e não ao tribunal, o poder de determinar quem pode ter acesso aos dados dos usuários. A empresa criticou ainda a ausência de debate sobre os reais impactos das medidas para os consumidores.


O governo dos EUA, por sua vez, argumenta que a empresa enfrenta agora uma nova forma de concorrência, vinda de modelos de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, capazes de acessar a internet e responder diretamente aos usuários sem o uso tradicional de mecanismos de busca.



Em contraposição às medidas radicais sugeridas pelas autoridades, o Google propõe alternativas mais restritas, como permitir que os fabricantes instalem a loja Google Play, mas sem obrigatoriedade de pré-instalar o Chrome ou seu buscador.


O julgamento teve início no ano passado, quando o juiz federal de Washington, Amit Mehta, considerou o Google culpado por práticas ilegais para manter seu monopólio nas buscas online. A sentença final está prevista para ser anunciada em agosto.



Paralelamente, o Google também trabalha no desenvolvimento de uma ferramenta baseada em inteligência artificial, projetada para controlar navegadores como o Chrome, capaz de realizar pesquisas, editar documentos e até fazer compras automaticamente.


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