Aspartame em alimentos dietéticos: A ameaça silenciosa sob investigação da OMS

O aspartame é um adoçante artificial amplamente utilizado em alimentos sem açúcar e bebidas, incluindo refrigerantes, sucos, chás, chicletes, iogurtes, gelatinas, pães e barras de cereal

Por Plox

01/07/2023 07h28 - Atualizado há cerca de 1 ano

O aspartame, um adoçante frequentemente encontrado em alimentos e bebidas sem açúcar, pode em breve ser classificado como uma substância potencialmente cancerígena pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), que faz parte da OMS e é especializada no estudo da doença, está avaliando a inclusão do aspartame em sua lista de substâncias com potencial carcinogênico. A IARC classifica as substâncias em quatro categorias: "cancerígenos para humanos", "provavelmente cancerígenos", "possivelmente cancerígenos" e "não classificável".

Produtos que Contêm Aspartame O aspartame é um adoçante artificial amplamente utilizado em alimentos sem açúcar e bebidas, incluindo refrigerantes, sucos, chás, chicletes, iogurtes, gelatinas, pães e barras de cereal, devido à sua capacidade de adoçar mais que o açúcar comum sem acrescentar calorias. Muitos dos produtos que contêm aspartame são rotulados como "diet" ou "sem açúcar".

Imagem ilustrativa — Foto: Freepik

Como Identificar a Presença de Aspartame Para os consumidores que desejam verificar se um produto contém aspartame, a leitura do rótulo é essencial. Os ingredientes estão listados na embalagem e incluirão adoçantes artificiais, como o aspartame, se presentes. Alternativamente, os consumidores podem utilizar aplicativos de celular que escaneiam rótulos de produtos. Um exemplo é o "Desrotulando", que analisa os ingredientes de alimentos industrializados e indica os pontos negativos e positivos de cada produto, incluindo a presença de aditivos e açúcares adicionados.

Recomendações de Especialistas Embora haja preocupação em relação ao aspartame, especialistas afirmam que não é necessário interromper completamente o uso de adoçantes, especialmente para pessoas com diabetes. No entanto, eles aconselham que os consumidores consultem profissionais de saúde, como nutricionistas, para orientação personalizada. O endocrinologista Roberto Raduan, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, mencionou em uma entrevista à Folha em maio que as discussões sobre a toxicidade de adoçantes como o aspartame têm ocorrido há décadas, mas ainda não há um consenso científico sobre seus potenciais benefícios ou malefícios. Raduan destacou a importância de consumir essas substâncias dentro de limites considerados seguros. A Agência Americana de Alimentos e Medicamentos (FDA) recomenda um limite de ingestão diária de 50 mg/kg para o aspartame.

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