Hugo Motta é exaltado por Doria após derrota do governo no Congresso

Na noite de segunda-feira (30), um jantar promovido pelo ex-governador de São Paulo, João Doria, reuniu cerca de 50 empresários e figuras políticas para homenagear o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). O evento aconteceu em São Paulo e teve como pano de fundo a recente votação no Congresso que derrubou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante o encontro, Doria se referiu a Motta como o “herói do Brasil” e exaltou sua postura frente à medida econômica do governo federal. “Ele se colocou e convenceu seus colegas da Câmara e do Senado de que a decisão tomada não era contra o presidente Lula, mas sim uma decisão a favor do Brasil”, afirmou. Doria publicou uma foto ao lado do presidente da Câmara e acrescentou:

'O empresariado aplaude sua postura, equilíbrio e firmeza'

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Entre os presentes estavam o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), o vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth (PSD), e o secretário de Relações Institucionais do Estado, Gilberto Kassab, que também preside o PSD nacional.

Hugo Motta, ao discursar, destacou a harmonia entre os Poderes e defendeu a atuação do Congresso como sinal de um Parlamento aguerrido. “Essa votação foi um retrato de um Parlamento muito aguerrido, pronto para fazer um enfrentamento a favor do país. Não queremos arroubos nem criar instabilidade”, disse.

O presidente da Câmara ainda ressaltou a importância do diálogo com os setores da sociedade, incluindo o Executivo e o Judiciário, além do setor produtivo. “Por mais que haja essa polarização, temos um país que precisa dar certo. Quero, nesta noite, reafirmar a certeza de que vamos seguir juntos trabalhando pelo país, focando em pautas importantes e saindo de discussões infrutíferas”, completou.

A ocasião marcou mais um momento simbólico da tensão entre o Congresso e o Planalto, após uma das maiores derrotas políticas sofridas por Lula em seu terceiro mandato.