Minas Gerais implanta novo sistema que revoluciona gestão agropecuária
Plataforma desenvolvida pelo IMA e UFLA moderniza processos, agiliza emergências sanitárias e reduz burocracias no atendimento ao produtor rural
Por Plox
01/07/2025 07h02 - Atualizado há 3 dias
Em junho de 2024, um marco importante começou a transformar o cenário da defesa agropecuária em Minas Gerais. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), iniciou o desenvolvimento de um novo sistema de gestão agropecuária, com um investimento superior a R$ 24 milhões.

Projetado para substituir o sistema Sidagro, a nova plataforma contempla diferentes áreas, incluindo a defesa sanitária animal e vegetal, além da agroindustrialização de produtos de origem animal e bebidas. O sistema será utilizado por uma ampla rede de profissionais e instituições, como integrantes do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), transportadores de animais, agroindústrias, estabelecimentos, profissionais autônomos e os próprios servidores do IMA.
Dividido em oito módulos e baseado em tecnologia de ponta, o sistema já apresentou resultados concretos. Um dos exemplos mais expressivos foi o uso do painel de emergências sanitárias no controle da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), detectada em aves silvestres em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em maio deste ano. A ferramenta facilitou a identificação automática das propriedades próximas ao foco da doença, agilizando o planejamento de ações de campo e eliminando processos manuais.
Os painéis gerenciais, já disponíveis para os servidores, permitem o monitoramento em tempo real de operações fiscais, fiscalizações e movimentações controladas por Guias de Trânsito Animal (GTAs). Com essas informações, os gestores do IMA obtêm uma visão estratégica detalhada de cada unidade, o que favorece decisões baseadas em riscos identificados.
Para os próximos meses, estão previstas novas entregas. Entre elas, destaca-se o lançamento do aplicativo de emergências sanitárias, que será testado no Simulado de Foco de Febre Aftosa, em setembro, em Montes Claros. A atividade contará com mais de 220 participantes e utilizará o aplicativo para ações como mapeamento de zonas afetadas, organização de equipes e geração de relatórios, mesmo em modo off-line.
Também estão em fase de desenvolvimento ferramentas como o cadastro georreferenciado de propriedades e estabelecimentos agropecuários, integração de OCRs para fiscalizar rotas de carga animal, análise automatizada de GTAs para detecção de fraudes, assistente de fiscalização com Inteligência Artificial e rastreabilidade de animais por meio de tecnologia blockchain.