Ministério Público quer permanência de ex-vereador Gandra na prisão
Por Plox
01/08/2019 15h43 - Atualizado há quase 5 anos
Nesta quinta-feira (1), o Ministério Público protocolou uma manifestação contra o pedido de relaxamento da prisão do ex-vereador de Ipatinga-MG, Wanderson Gandra (PSC), que é acusado de fraude processual, destruir provas e ameaças a testemunhas.
Na última quinta-feira (25), o réu foi ouvido pela Justiça em uma audiência de instrução e julgamento no Fórum Valéria Vieira Alves. Na ocasião, outros dois réus e 28 testemunhas foram convocados para prestar depoimento. A defesa de Gandra fez um novo pedido de revogação da prisão preventiva, alegando a falta de provas de duas testemunhas sobre ameaças do acusado sobre elas.
Foto: Marcos Guimarães / Arquivo
Segundo o MP, mesmo após ter renunciado ao cargo de vereador, o réu ainda possui influência política. “O acusado, logo após ser preso, tentou se valer de pessoas ligadas a ele visando desacreditar, através de campanha nas redes sociais, a legitimidade da persecução criminal contra ele instaurada, conforme já registrado neste processo”, diz um trecho do manifesto.
O promotor de Justiça Fábio Finotti ainda relata que os casos do ex-vereador José Geraldo Andrade e de Wanderson Gandra são diferentes. “A situação do acusado Wanderson é muito mais grave do que a do acusado José Geraldo. O acusado Wanderson, conforme já destacado, além de responder por mais crimes e crimes mais graves do que o acusado José Geraldo, tentou manipular os depoimentos de testemunhas e vítimas e destruiu provas, envolvendo outras pessoas nesses atos, o que não ocorreu com o acusado José Geraldo”, descreveu o promotor na manifestação.
O documento finaliza ressaltando a manutenção da prisão de Wanderson Gandra como necessária como garantia da ordem pública.