Menino de 3 anos morto após possíveis maus-tratos: mãe e companheira detidas no Complexo do Alemão

Uma testemunha apontou que o menino frequentemente aparecia com machucados, marcas roxas e, em uma ocasião específica, com o braço quebrado

Por Plox

01/08/2023 07h52 - Atualizado há mais de 1 ano

No Complexo do Alemão, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, um caso trágico envolvendo um menino de apenas 3 anos e 9 meses chamou a atenção. Pamela Viana Cardoso de Sousa, mãe da criança, e sua companheira, Lorranny Beatriz Cosme, foram detidas no último domingo (30) pela morte do pequeno Davi Lucca Vianna de Almeida. Um morador local mencionou que Pamela havia se mudado de São Paulo com o objetivo de viver com Lorranny na comunidade carioca.

 

 

Foto: Reprodução

A terrível descoberta na UPA de Del Castilho

No fatídico domingo, Davi Lucca foi levado às pressas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho devido a um grave estado de saúde. Ao chegar à unidade, a criança estava com uma parada cardiorrespiratória e, infelizmente, veio a óbito. O que mais chocou os profissionais de saúde presentes foi a descoberta de várias marcas de lesão no corpo do menino, sugerindo um possível espancamento. Uma médica da UPA, alarmada com a situação, acionou os policiais militares do 3º BPM (Méier) após identificar os sinais claros de maus-tratos.

 

 

Foto: Reprodução
 

Relatos controversos em meio a um caso perturbador

Moradores locais já haviam notado o comportamento incomum de Davi Lucca. Uma testemunha apontou que o menino frequentemente aparecia com machucados, marcas roxas e, em uma ocasião específica, com o braço quebrado. Sempre questionadas sobre a origem dos ferimentos, as duas mulheres atribuíam os machucados a pequenos acidentes, como quedas e brincadeiras. Entretanto, após o incidente com o braço quebrado, o menino deixou de ser visto brincando na rua.

Lorranny, que tinha responsabilidade sobre a criança naquele dia, alegou que após ouvir um barulho no quarto onde Davi estava, o encontrou desacordado. Em vez de buscar ajuda médica imediatamente, optou por tentar reanimá-lo sozinha, com tapas e movimentos bruscos. Pamela, por outro lado, foi contraditória em seu depoimento. Afirmou que, ao deixar a residência, o menino estava bem. Porém, a Polícia Civil identificou lesões no corpo de Davi que não condiziam com a versão das mulheres e que pareciam ser mais antigas do que o dia em questão. Diante das evidências e dos relatos divergentes, ambas foram detidas pelos agentes da 21ª DP (Bonsucesso), que trabalharam em parceria com o 3º BPM (Méier) para esclarecer o caso.

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