Major da PM de São Paulo é convocado como árbitro de taekwondo nas Olimpíadas de Paris
Primeira vez em uma Olimpíada
Por Plox
01/08/2024 08h41 - Atualizado há 4 meses
O major Marcelo Vinícius Rezende, policial militar há 30 anos em São Paulo e árbitro internacional de taekwondo desde 2009, será o único árbitro brasileiro de taekwondo nas Olimpíadas de Paris. Ele foi selecionado após um rigoroso processo seletivo mundial, que começou em 2023 e contou com a participação de 270 árbitros de todos os continentes.[
Processo seletivo rigoroso
A Federação Mundial de Taekwondo realiza uma seleção minuciosa entre quase 4 mil árbitros, reduzindo o número para 270, que passam por provas escritas, práticas e físicas. Desses, apenas 60 são escolhidos para a última etapa, sendo que apenas 58 avançaram para a final devido à desistência de dois participantes. Marcelo ressalta que essa foi sua quarta tentativa e destaca a complexidade do processo.
Incentivo de aluna de projeto social
A aluna Larissa Boidi, de 29 anos, que participou do projeto social idealizado por Marcelo, foi a grande incentivadora para que ele tentasse novamente a vaga olímpica. Larissa, que também é árbitra de taekwondo, incentivou Marcelo a participar do processo seletivo: “Ela me incentivou a ir e ficamos entre os 58 do mundo”.
Projeto social de taekwondo
Início do projeto
Marcelo criou um projeto social em 2006, em parceria com a Polícia Militar, oferecendo aulas gratuitas de taekwondo na Escola de Educação Física da PM, em São Paulo. O projeto funcionou até 2020, quando foi interrompido pela pandemia de Covid-19, e deve ser retomado em breve.
Impacto na vida dos alunos
O projeto ajudou centenas de crianças, adolescentes e adultos, incluindo pessoas com deficiência. Larissa, uma das alunas mais promissoras, começou a praticar taekwondo através deste projeto e conseguiu até uma bolsa de estudos. Ela se tornou árbitra em 2018 e agora participa de competições internacionais.
Conquistas e desafios
Reconhecimento internacional
Marcelo já havia tentado ser árbitro em outras edições das Olimpíadas, mas foi selecionado pela primeira vez para os Jogos de Paris. Ele destaca a importância de ter Larissa ao seu lado durante o processo seletivo e celebra suas conquistas: “Ver minha aluna se tornar a primeira mulher a arbitrar um campeonato mundial adulto e participar de um ciclo olímpico é uma grande satisfação”.
Futuro promissor
Larissa, apesar de não ter sido selecionada desta vez, continua determinada a alcançar o título de primeira mulher brasileira árbitra nos Jogos Olímpicos. “Nas próximas eu vou tentar de novo, sem dúvida. Eu quero o título da primeira mulher brasileira como árbitra nos Jogos Olímpicos”, afirma.
Expectativas para as Olimpíadas
Marcelo, que fará sua estreia como árbitro olímpico nos próximos dias, expressa sua torcida para que atletas brasileiros avancem nas competições de taekwondo, o que o impediria de arbitrar as fases finais: “Espero que o Brasil esteja na semifinal e na final”.
A trajetória de Marcelo Rezende e Larissa Boidi destaca a importância do esporte como ferramenta de transformação social e a dedicação necessária para alcançar o nível olímpico, tanto como atleta quanto como árbitro.