Pesquisadores alertam para riscos de comer ostras de ambulantes

Consumo de ostras sem congelamento e higiene pode trazer graves problemas de saúde, apontam especialistas

Por Plox

01/08/2024 13h52 - Atualizado há cerca de 2 meses

Foto: reprodução/ Pixabay

A iguaria, muitas vezes considerada afrodisíaca, esconde perigos significativos. As ostras, encontradas ao longo dos oito mil quilômetros do litoral brasileiro, são conhecidas como moluscos "filtradores".

Ostras como filtradores naturais

“Elas filtram em torno de quatro a seis litros de água por hora, e todas as impurezas das águas ficam retidas nos sifões. Se tiver microalgas, bactérias, vírus, tudo é retido nos sifões”, explica a pesquisadora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Regine Vieira. Este processo faz com que as ostras acumulem grandes quantidades de bactérias nocivas, que podem ser prejudiciais ao organismo humano, especialmente quando não são armazenadas adequadamente.

Foto: reprodução/ Pixabay

Riscos à saúde

A situação se agrava ainda mais quando as ostras são vendidas por ambulantes nas praias, como é comum no litoral brasileiro. Esses vendedores transportam as ostras em caixas de isopor ou térmicas e as oferecem durante todo o dia. No entanto, a falta de congelamento adequado e de higiene pode comprometer a qualidade das ostras e representar sérios riscos à saúde dos consumidores.

Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará destacam que a falta de higiene e de congelamento pode resultar em graves problemas de saúde. "Pode causar problemas de gastroenterite, vômito, febre, uma infecção intestinal grave”, alerta a pesquisadora Regine Vieira.

Recomendações para consumo seguro

Para evitar tais riscos, a recomendação é consumir ostras sempre cozidas. Este processo de cozimento elimina as bactérias e outros organismos prejudiciais que podem estar presentes nas ostras, tornando-as seguras para consumo.

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