Carla Zambelli seguirá presa na Itália durante extradição

Durante uma audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (1º/8), a Justiça italiana determinou que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) continuará presa enquanto estiver em andamento o processo de extradição solicitado pelo Brasil. A parlamentar, atualmente detida no presídio de Rebibbia, nos arredores de Roma, não será libertada neste momento. A informação foi divulgada pelo portal g1.

Foto: Agência Brasil

Zambelli havia fugido para a Itália após ser condenada a uma pena de dez anos de prisão em regime fechado. A condenação foi motivada pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em 4 de junho, um dia após ela anunciar que havia deixado o Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu um mandado de prisão preventiva e solicitou a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol, medida que resultou na sua detenção no território italiano em 29 de julho.

Mesmo possuindo cidadania italiana, a deputada foi considerada foragida pela Justiça brasileira. Diante da situação, Moraes determinou, na última quinta-feira (31/7), que a Advocacia-Geral da União (AGU) tome as providências necessárias para garantir sua extradição.

Zambelli, por sua vez, tem se manifestado de maneira desafiadora. Em declarações recentes, afirmou ser \"intocável\" na Itália e provocou o STF ao dizer que está \"pagando pra ver\". Ela tem demonstrado resistência ao processo e acredita que sua condição de cidadã italiana possa dificultar a extradição.

A Polícia Federal conseguiu localizar a deputada após investigações que incluíram o monitoramento de visitas feitas ao seu apartamento em território italiano. Já o presídio onde ela está detida, Rebibbia, é conhecido por abrigar presos de diversas nacionalidades e por suas rígidas condições de segurança.

O andamento da extradição ainda depende de trâmites diplomáticos e jurídicos. A permanência de Zambelli sob custódia indica que a Justiça italiana reconhece a gravidade do caso e atenderá às exigências legais internacionais enquanto avalia a solicitação formal enviada pelo governo brasileiro.