Dossiê Moraes denuncia abusos cometidos por ministro do STF
Site lista centenas de episódios envolvendo Alexandre de Moraes, com foco em medidas controversas
Por Plox
01/08/2025 20h28 - Atualizado há 2 dias
Em julho de 2025, um grupo de juristas, parlamentares e ativistas deu início ao site Dossiê Moraes, com o intuito de reunir e expor os supostos abusos cometidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A plataforma já conta com centenas de registros envolvendo o magistrado, e tem como objetivo documentar ações que, segundo seus organizadores, atentam contra as garantias fundamentais. O projeto foi liderado pelo vereador curitibano Rodrigo Marcial (Novo) e conta com apoio de figuras como o senador Eduardo Girão (Novo), o deputado federal Marcel van Hattem (Novo), o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo) e o jornalista Leandro Narloch.

O site, que se define como “um arquivo cívico, independente e colaborativo”, reúne casos de decisões judiciais e ações do ministro que, conforme os organizadores, contrariariam os direitos e garantias constitucionais. Um dos episódios destacados no dossiê envolve o bloqueio de contas bancárias de Eduardo Bolsonaro e sua esposa nos Estados Unidos, após declarações do parlamentar sobre tarifas. Outro caso mencionado é a proibição do uso de fardas por réus militares, o que, segundo os organizadores, viola princípios legais fundamentais.
O Dossiê Moraes também incentiva a participação de cidadãos que considerem ter sido vítimas de ações do ministro, pedindo o envio de relatos para que sejam documentados na plataforma. O conteúdo é sustentado por uma base de documentos oficiais, despachos judiciais e registros parlamentares, além de fazer referência a marcos históricos como a Magna Carta e a Lei Magnitsky, que visam proteger direitos fundamentais.
Embora o site não faça uma afirmação direta sobre um possível pedido de impeachment, os organizadores indicam que o objetivo final é reunir provas suficientes para sustentar tal iniciativa. A plataforma tem gerado discussões intensas, com críticos apontando o potencial de polarização do conteúdo, enquanto outros defendem a importância de dar visibilidade às alegadas ações ilegais do ministro.