Carol Santiago e Gabrielzinho brilham com ouro nas Paralimpíadas de Paris-2024
Pernambucana e mineiro se destacam na natação paralímpica e conquistam recordes históricos
Por Plox
01/09/2024 10h27 - Atualizado há 14 dias
O Brasil continua se destacando no cenário do esporte adaptado, com dois atletas que brilharam nas Paralimpíadas de Paris-2024. No sábado, 31 de agosto, Carol Santiago e Gabriel Araújo, conhecido como Gabrielzinho, levaram o país ao topo do pódio na natação, reafirmando o talento brasileiro nas competições internacionais.
Conquistas históricas e superação
Carol Santiago, de 39 anos, mostrou mais uma vez sua excelência na natação ao conquistar a medalha de ouro nos 100 metros costas, com o tempo de 1min08s23, quebrou o recorde das Américas, que já pertencia a ela. Competindo na classe S12, que inclui atletas com deficiência visual, Carol já havia marcado seu nome na história com um total de seis medalhas paralímpicas, sendo quatro ouros, uma prata e um bronze.
Nascida com a síndrome de Morning Glory, uma condição congênita que afeta a retina e reduz significativamente o campo de visão, Carol praticou natação convencional até 2018, quando decidiu focar no esporte paralímpico. Sua jornada na natação começou aos 4 anos e se estendeu até os 17, quando perdeu completamente a visão devido a complicações nos olhos. Após uma década longe das piscinas, ela fez um retorno triunfante e, desde então, se tornou uma das maiores nadadoras paralímpicas do mundo.
Com esta vitória em Paris, Carol igualou o recorde de Ádria Santos, que também possui quatro medalhas de ouro em Jogos Paralímpicos. Além disso, Carol é a atual recordista mundial dos 50 metros livre, com o tempo de 26s65, reforçando sua posição como uma das principais atletas da natação paralímpica.
Gabrielzinho: jovem talento mineiro
Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, de apenas 22 anos, também teve uma atuação brilhante nas Paralimpíadas. Natural de Santa Luzia, Minas Gerais, Gabrielzinho conquistou o ouro nos 50 metros costas na classe S2, com o tempo de 50s93, quebrando o recorde das Américas. Nascido com folicomia, uma condição rara que causa o encurtamento dos membros, ele encontrou na natação uma forma de superar suas limitações físicas.
Gabrielzinho descobriu o amor pela natação através de um professor de educação física, e desde então, não parou mais de evoluir. Seu desempenho nas Paralimpíadas já lhe rendeu quatro medalhas, sendo três de ouro e uma de prata, com a expectativa de que esse número aumente em futuras competições.
Além de sua paixão pela natação, Gabrielzinho é um fã declarado de futebol e torcedor do Cruzeiro. Em 2017, quando tinha 15 anos, teve a oportunidade de visitar a Toca da Raposa, centro de treinamento do clube, onde foi recebido pelos jogadores Léo, Henrique e Fábio, tornando o momento ainda mais especial para o jovem atleta.
O legado de Paris-2024
As conquistas de Carol Santiago e Gabrielzinho em Paris são um reflexo do talento e da dedicação dos atletas paralímpicos brasileiros. Eles não apenas trazem orgulho para o país, mas também inspiram futuras gerações de atletas a seguir seus passos. Com recordes quebrados e medalhas conquistadas, ambos os nadadores se consolidam como grandes nomes do esporte mundial.