Gebê obtinha lucro mensal de R$ 1 milhão com jogos ilegais, aponta polícia civil de minas gerais
Influenciador está temporariamente preso por suspeita de envolvimento com jogos de azar
Por Plox
01/10/2024 19h47 - Atualizado há 14 dias
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o influenciador digital Gebê, de 26 anos, possuía um lucro mensal de cerca de R$ 1 milhão proveniente de jogos ilegais. O jovem foi detido temporariamente na última segunda-feira (30) sob suspeita de participação em jogos de azar e cassinos online, além de ser investigado por falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e possível estelionato.
As investigações começaram no início do ano, quando a popularidade dos jogos de azar aumentou nas redes sociais. Através das redes, a polícia chegou a Gebê, que frequentemente publicava vídeos com links para os jogos e exibia um estilo de vida luxuoso. De acordo com o delegado Magno Machado, chefe da Divisão de Fraudes, o influenciador ostentava riqueza e chegava a distribuir dinheiro nas ruas para atrair seguidores, acumulando cerca de 3,5 milhões de seguidores.
Em um dos vídeos, Gebê menciona envolvimento em atividades ilícitas, mostrando uma máquina de contar dinheiro e sugerindo práticas de lavagem de dinheiro. O delegado também explicou que influenciadores envolvidos em jogos ilegais lucram tanto pelas comissões nas perdas dos apostadores quanto pelos acessos aos links que divulgam.
A polícia investiga ainda a possível aquisição de um avião pelo influenciador, que teria sido comprado com o dinheiro gerado pelos jogos. Gebê foi preso em um condomínio de luxo em Nova Lima e, até o momento, não prestou depoimento sobre as acusações.
A prisão temporária de Gebê pode ser prorrogada por mais cinco dias, e a polícia agora investiga outros possíveis envolvidos e a origem de seus bens, que incluem dois carros de luxo avaliados em cerca de R$ 4 milhões. A defesa do influenciador considera a prisão desproporcional e afirma que ele está colaborando com a investigação. Um pedido de Habeas Corpus será feito junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.