Teste rápido para febre bubônica é testado em minas gerais

Nova metodologia se mostrou 100% eficaz em laboratório e reduz tempo de diagnóstico para 15 minutos.

Por Plox

01/10/2024 09h02 - Atualizado há 10 dias

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz Pernambuco (Fiocruz), em colaboração com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), deram um novo passo no desenvolvimento de um teste rápido para diagnosticar a peste bubônica.

Entre 6 e 16 de setembro, a equipe esteve em Virgem da Lapa, no Leste de Minas Gerais, para realizar treinamentos e testes de campo com um material pioneiro. O principal objetivo foi detectar a presença da doença em roedores e cães, utilizando uma tecnologia inovadora capaz de fornecer resultados em apenas 15 minutos.

(LÚCIO BERNARDO JR/AGÊNCIA BRASIL)

Esse teste já obteve 100% de eficácia em experimentos laboratoriais, representando um avanço significativo em comparação aos métodos tradicionais, que podem demorar dias e custam aproximadamente R$ 200. Com o novo método, o custo é reduzido para apenas US$ 1, tornando o diagnóstico mais acessível e eficiente, conforme divulgado pela Fiocruz.

Durante os testes de campo, mais de 100 mamíferos, incluindo cães e roedores, foram examinados. Análises adicionais foram conduzidas em laboratório para validar a precisão dos resultados. A execução do teste é simples: algumas gotas de sangue do animal são misturadas a um reagente específico, e o resultado é visível em poucos minutos, sem a necessidade de equipamentos sofisticados ou técnicos altamente especializados.

Os resultados apresentados até agora são promissores. O próximo passo será a aprovação do teste pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, para que ele possa ser utilizado em todo o Brasil.

Matheus Bezerra, microbiologista da Fiocruz Pernambuco, expressou satisfação ao ver o material sendo utilizado em campo, ressaltando que o desenvolvimento envolveu um esforço coletivo e destacando a importância da inovação para respostas rápidas e eficazes. O microbiologista acredita que essa nova tecnologia tem potencial para beneficiar regiões onde a peste bubônica ainda é uma ameaça.

 

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