PSB busca filiação de Rodrigo Pacheco e Alexandre Silveira
Movimentações políticas em Minas Gerais aumentam após possível ida de Mateus Simões para o PSD; PSB articula nomes fortes para 2026
Por Plox
01/10/2025 07h56 - Atualizado há 2 dias
Com a possível mudança de partido do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, do Novo para o PSD, o cenário político do estado começou a se agitar, provocando reações estratégicas de outras siglas. Entre elas, o PSB, que já declarou apoio à reeleição do presidente Lula, surge como um dos partidos mais ativos na tentativa de atrair figuras de destaque para suas fileiras.

Entre os nomes cobiçados está o senador Rodrigo Pacheco, que atualmente integra o PSD. Ele recebeu um convite formal do PSB em agosto deste ano e já teria sido sondado anteriormente por meio do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também integrante do PSB. Mesmo com um número reduzido de deputados federais eleitos e, consequentemente, menos recursos de fundo partidário e tempo de mídia, o PSB aposta no alinhamento com Lula como diferencial para conquistar Pacheco.
A movimentação também envolve o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que ocupa a posição de secretário-geral do PSD. Ele também teria sido procurado pelo PSB e considera disputar uma vaga no Senado em 2026. Próximo ao presidente Lula, Silveira tem dito que estará “onde Lula quiser que ele esteja”, embora interlocutores afirmem que sua intenção principal seja a corrida pelo Senado.
Na visão do presidente estadual do PSB, Otacílio Neto, prefeito de Conceição do Mato Dentro, tanto Pacheco quanto Silveira seriam bem-vindos ao partido. Ele declarou que o PSB está de “portas abertas” para ambos e garantiu que a direção estadual está “totalmente alinhada” às decisões do presidente nacional da legenda, João Campos, prefeito do Recife.
\"Vemos com bons olhos a vinda de ambos para o PSB\", afirmou Otacílio Neto, destacando a importância de nomes fortes para os planos do partido em Minas
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Além de oferecer palanque para o presidente Lula, o PSB promete a garantia de candidaturas para os dois políticos. Isso contrasta com a indefinição atual no PSD, onde o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, ainda não sinalizou se apoiará Lula na reeleição. Interlocutores próximos a Pacheco afirmam que ele tem autonomia para decidir sobre sua permanência ou não no partido e creditam a ele parte do crescimento do PSD nos últimos anos.
Enquanto isso, outras legendas também já tentaram atrair o senador, como o União Brasil – que se federou com o PP – e o MDB. No entanto, essas siglas também não definiram publicamente sua posição quanto ao apoio a Lula em 2026.
Pacheco, por sua vez, ainda evita cravar uma eventual candidatura ao governo de Minas, embora tenha intensificado sua presença ao lado do presidente Lula em eventos no estado e adotado um discurso mais voltado à esquerda.
Recentemente, uma nova variável passou a influenciar suas decisões: o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, sinalizou que pode se aposentar ainda este ano. Pacheco acompanha de perto essa possibilidade, já que seu nome é ventilado como um dos possíveis indicados à vaga no STF. Assim, qualquer decisão sobre mudança de partido dependerá também da definição do cenário no Judiciário e do posicionamento de Kassab em relação ao pleito presidencial do ano seguinte.