Ação em presídios nacionais apreende mais de mil celulares
Governo implementa medidas para restringir comunicação de criminosos e ampliar segurança carcerária
Por Plox
01/11/2023 13h56 - Atualizado há 9 meses
Em uma iniciativa sem precedentes, o Ministério da Justiça e Segurança Pública orquestrou uma operação que resultou na apreensão de 1.166 celulares em 68 penitenciárias em todo o Brasil. Estes dispositivos eram usados como meio de comunicação por organizações criminosas, conectando indivíduos dentro e fora do sistema prisional. Segundo informações divulgadas, aproximadamente um telefone foi encontrado para cada par de celas. Esta iniciativa é parte integrante de um projeto mais amplo do governo para restringir as atividades de facções criminosas dentro dos presídios.
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A chamada "Operação Mute", ocorrida entre 16 e 27 de outubro, revelou mais do que apenas telefones. Durante as buscas, também foram descobertos um revólver, armas brancas e substâncias que parecem ser entorpecentes. Notavelmente, dez estados mostraram ter práticas de controle efetivo, com inspeções regulares em suas instalações carcerárias, e não tiveram nenhum telefone encontrado.
Fortalecendo medidas de segurança
A magnitude desta operação é inédita e se estabelece como a maior já realizada pela Secretaria Nacional de Política Penais (Senappen) no combate ao crime organizado. A iniciativa mobilizou 3.305 policiais penais, tanto estaduais quanto federais. Durante a operação, 2.684 celas foram inspecionadas, envolvendo o deslocamento de 55.919 detentos.
Em uma medida adicional para reforçar a segurança nas instituições carcerárias, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, um órgão associado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, delineou novas diretrizes visando remover tomadas e pontos de energia das celas e suas adjacências. Esta determinação foi oficialmente divulgada no Diário Oficial da União em 11 de outubro, com o propósito expresso de reprimir o uso de celulares nos presídios. Além disso, vários outros itens foram proibidos dentro e perto das celas, como válvulas de descarga metálicas e azulejos, para evitar que sejam transformados em armas ou utilizados em tentativas de suicídio.