Bolsonaro suspende orçamento secreto e realoca recursos

Confira mais destaques da política nacional nesta quinta-feira

Por Plox

01/12/2022 16h51 - Atualizado há mais de 2 anos

O “Politicando” desta quinta-feira (1º) traz temas polêmicos na mesa. De acordo com jornal, Jair Bolsonaro (PL) mandou suspender o pagamento do orçamento secreto após Arthur Lira fechar aliança com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Líderes sindicalistas se encontram com Lula no Centro Cultural Banco do Brasil. Esses são alguns dos assuntos abordados no programa de hoje.

 

Bolsonaro suspende orçamento secreto e realoca recurso

O Estadão divulgou nesta quinta-feira (1º) que o presidente Bolsonaro tomou a decisão de suspender o pagamento do orçamento secreto. A atitude se deu um dia após o PT, PV, PSB e PC do B oficializarem apoio à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara.

A ação de Bolsonaro pode deixar Lira e Lula em uma situação delicada no ano de 2023. A medida deixa o presidente da Câmara sem uma de suas armas para negociar sua reeleição, já que fica na mão dos presidentes das duas Casas legislativas operarem a distribuição do orçamento secreto.

Assim, o Congresso Nacional pode pressionar Lula a retornar com o orçamento secreto para que as propostas do governo eleito sejam aprovadas, inclusive a da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Transição. Sendo assim, Lula pode acabar tendo que retornar com o esquema que ele tanto condenou durante sua campanha.

Partidos progressistas irão apoiar reeleição de Arthur Lira na Câmara dos Deputados

O PT, PV, PCdoB e o PSB confirmaram, nessa terça-feira (29), que apoiarão a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados para os próximos dois anos. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva, após reunião da federação da qual os partidos citados fazem parte.

Com isso, o atual presidente da Câmara já tem o apoio de algumas das maiores bancadas da Casa. Além do PT, PV, PCdoB e PSB, também já formalizaram o apoio a Lira, o Republicanos e o União Brasil. PDT e Podemos também já indicaram o apoio ao deputado do PP de Alagoas.

Partidos progressistas irão apoiar reeleição de Arthur Lira na Câmara dos Deputados 

Como já noticiado pela Plox na data de ontem, o líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), explicou o motivo pelo qual o partido decidiu apoiar a reeleição de Lira. O deputado alagoano apoiou o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), durante as eleições.

“Nós decidimos pelo apoio à reeleição compreendendo que temos uma agenda de país, de reconstrução do Brasil, que o Lira foi o primeiro a reconhecer a legitimidade das urnas. Entendemos que é possível construir um bloco de governo que possa dar a Lula governabilidade e uma base sólida”, disse Lopes.

Lopes foi questionado sobre o apoio do PT a Lira, já que o PP não indicou o desejo de participar da base de apoio ao futuro governo. O deputado mineiro frisou que o apoio se dá ao presidente da Câmara, e não ao seu partido.

“Estamos definindo apoio a Arthur Lira, e não ao PP. Apoio a uma agenda de reconstrução do Brasil”, declarou. O líder do PT também disse ser necessário estabelecer diálogo com lideranças do Centrão (que, nos últimos anos, por causa da aliança com Bolsonaro, foi alvo de diversas críticas de setores progressistas e partidos de esquerda, entre eles o próprio PT). Para Lopes, “vários líderes do Centrão têm compromisso com o país também”.

O parlamentar já tinha indicado que o seu partido apoiaria Lira no último domingo (27) e também foi noticiado pelo nosso portal.

Lula se encontra com lideranças sindicais que cobram alternativas para custear sindicatos

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, nesta quinta-feira (1º) com representantes centrais sindicais no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), local escolhido para acomodar os integrantes da transição de governo. Os líderes sindicais cobraram de Lula uma alternativa financeira para custear e manter o funcionamento de sindicatos.

Em 2017 o então presidente Michel Temer extinguiu a contribuição sindical obrigatória, cobrada a todos os trabalhadores com carteira assinada. A medida faz parte da reforma trabalhista.

Apesar dos desfalque de dinheiro que ajuda custear os sindicatos, os sindicalistas afirmam que são contra a volta do imposto obrigatório e o líder petista sinalizou que não irá retornar com tributo. A revogação da reforma trabalhista também não entrou em debate.

"Nós deixamos claro que o movimento sindical, de forma unificada, não quer a revogação e não quer o imposto sindical de volta. [...] Nós não pedimos que houvesse, já por conta do Executivo, a revogação da reforma. Mas tem que ter uma forma de custeio", disse o presidente da União Geral dos Trabalhadores  (UGT), Ricardo Patah. 

De acordo com ele, foi colocada ao presidente eleito a possibilidade de instituir uma contribuição opcional aos trabalhadores, com uma decisão por meio de assembleia 

"Nós deixamos claro que não estamos pedindo revogação nenhuma. Nós estamos pedindo, na verdade, uma legislação que contemple o mundo do trabalho que existe hoje. É isso que nós conversamos com ele", reforçou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges.

"Você recompor o poder de compra dos trabalhadores é importante para a economia do país como um todo. Nós sabemos que têm algum questionamento sobre esse tema, mas o movimento sindical está convencido de que é importante sim o aumento do salário mínimo. Isso foi colocado de uma maneira bem clara e acreditamos nisso". Cocluiu Selerges.


 

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