Colapso do solo em Maceió provoca desocupação de bairros e alerta de crise
A situação em Maceió se agrava com a decisão da Justiça e o risco iminente de colapso de mina, forçando a evacuação de milhares de moradores.
Por Plox
01/12/2023 08h27 - Atualizado há 8 meses
A capital alagoana, Maceió, enfrenta um agravamento dramático na crise de colapso do solo. Uma recente decisão da Justiça Federal, baseada em relatórios técnicos, ampliou a zona de risco de colapso de minas da Braskem. Isso resultou na evacuação emergencial de mais moradores, somando-se aos mais de 60 mil já deslocados, deixando bairros inteiros desertos.
Ação Judicial e Monitoramento Intensificado A inclusão de novas áreas na zona de risco atende a pedidos do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União e do Ministério Público do Estado de Alagoas. Em resposta, a Justiça ordenou que o monitoramento da região fosse intensificado, principalmente em torno do antigo campo do CSA, na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange.
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Alerta de Colapso Iminente A Defesa Civil de Maceió emitiu um alerta sobre o perigo iminente de colapso de uma mina da Braskem na área, que já estava quase completamente desocupada. Recomendou-se que embarcações e população evitassem a região até novas atualizações.
Risco de Sinkhole e Medidas de Emergência Análises indicam a possibilidade de formação de um sinkhole, um fenômeno de afundamento da superfície que resulta em uma grande cratera. Diante dessa ameaça, a Prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por 180 dias e estabeleceu um Gabinete de Crise.
Resposta do Governo Federal A gravidade da situação em Maceió chamou a atenção do governo federal. O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, enfatizaram a necessidade de ações imediatas e monitoramento constante, demonstrando preocupação com as consequências da exploração das minas pela Braskem.
Histórico do Problema e CPI Travada A questão do afundamento em Maceió, relacionada à exploração de sal-gema pela Braskem, veio à tona em 2018 após um forte tremor. A mineração, que começou na década de 1970, foi suspensa em 2019 devido à sua ligação com o afundamento do solo. No Senado, uma CPI proposta para investigar o caso ainda está pendente de instalação formal, aguardando indicações dos líderes partidários para sua composição