Carnes ficam 12,4% mais caras para as festas de fim de ano em 2024, aponta Abras

Alta nos preços desafia consumidores, com bacalhau, pernil e carne bovina entre os itens mais impactados.

Por Plox

01/12/2024 12h07 - Atualizado há 10 dias

As carnes típicas das festas de fim de ano apresentaram aumento médio de 12,4% em 2024 em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Entre os destaques, o bacalhau registrou a maior alta, com 18,8%, seguido pelo pernil (15,3%), carne bovina (13,5%) e lombo (12,9%). Este aumento significativo nas proteínas ameaça pesar no bolso dos consumidores durante as celebrações natalinas.

Bacalhau e pernil lideram alta de preços
O bacalhau, tradicional nos pratos natalinos, registrou o maior reajuste, atingindo 18,8%. Já o pernil, outra proteína amplamente consumida no período, teve um aumento de 15,3%. A carne bovina, essencial em churrascos e outras celebrações, subiu 13,5%, enquanto o lombo apresentou variação de 12,9%.

Além dessas carnes, outros itens das ceias também sofreram reajustes expressivos:

  • Chester: +11,7%
  • Tender: +11,5%
  • Frango e peru: +9,9% cada
  • Ovos: +7,5%
    O peixe, outra opção popular, também não escapou da alta, com um aumento de 12,5%.

Impactos do dólar e mudanças climáticas
De acordo com Marcio Milan, vice-presidente da Abras, dois fatores principais impulsionaram os preços: a valorização do dólar, que encarece produtos importados, e os efeitos das mudanças climáticas na produção nacional. O dólar atingiu R$ 5,99 no final de novembro, registrando alta de 1,3%.

Cesta de Natal também fica mais cara
O valor médio da cesta de Natal, que inclui itens como aves, espumantes e panetones, subiu 7,7%. Em 2023, a cesta custava R$ 321,12, passando para R$ 345,83 em 2024. Para minimizar os impactos, 85% dos supermercados estão apostando em itens de fabricação própria, especialmente em padarias e mercearias, enquanto 57% investiram em marcas próprias para oferecer alternativas mais acessíveis.

Arroba do boi dispara e agrava custos
A situação no mercado de carne bovina também contribui para a alta geral. A arroba do boi, que chegou a R$ 318 neste final de ano, registrou seu maior valor do ano, refletindo a escassez de bovinos para abate e o aumento das exportações, que cresceram 40,2% em outubro em relação ao mesmo período de 2023.

Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), em setembro de 2024, os preços médios ao consumidor eram:

  • Carne bovina: R$ 37,58 por kg
  • Carne suína: R$ 24,37 por kg
  • Frango: R$ 25,43 por kg
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