Governo Lula reduz em R$ 5 bilhões verba de socorro ao Rio Grande do Sul

Corte de recursos reflete crise fiscal e ajuste de créditos extraordinários destinados a emergências.

Por Plox

01/12/2024 08h41 - Atualizado há 11 dias

O governo federal surpreendeu ao anunciar, por meio de seu último relatório bimestral sobre receitas e despesas, uma redução de R$ 5 bilhões no crédito extraordinário destinado ao socorro do Rio Grande do Sul. Os recursos, fundamentais para enfrentar os desafios gerados pelos alagamentos que devastaram o estado, sofreram cortes expressivos, revelando o impacto da crise fiscal enfrentada pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

Presidente Lula Foto: Ricardo Stuckert / PR

Justificativa do governo e redistribuição de recursos
O Ministério do Planejamento, liderado por Simone Tebet, justificou a medida alegando que a redução decorre da perda de eficácia das dotações não empenhadas de créditos extraordinários. De acordo com a pasta, houve uma reconfiguração no uso desses valores: enquanto foram reduzidos R$ 6,9 bilhões, outros R$ 2,9 bilhões foram redirecionados para ações como o combate a incêndios em várias regiões do país.

Cenário inicial e mudanças nos valores totais
No início deste ano, a previsão total para os créditos extraordinários era de R$ 38,6 bilhões. Contudo, o relatório mais recente apresentou uma redução significativa, ajustando o montante para R$ 33,6 bilhões. Esse corte impacta diretamente os esforços de reconstrução no sul do Brasil, afetando especialmente as comunidades atingidas pelos desastres climáticos.

Declarações contraditórias sobre os créditos extraordinários
Em setembro, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, havia afirmado à agência Bloomerang Línea que poderia cancelar até R$ 10 bilhões desses créditos, com a maior parte destinada à recuperação do Rio Grande do Sul. Apesar disso, Ceron voltou atrás na decisão pouco tempo depois. O novo relatório, no entanto, demonstra que cortes significativos foram efetivamente realizados, deixando dúvidas sobre a estratégia fiscal do governo.

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