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Saúde
Dezembro Vermelho reforça prevenção e direitos de pessoas com HIV e outras ISTs no Brasil
Campanha instituída pela Lei nº 13.504/2017 destaca ampliação do acesso a diagnóstico, tratamento gratuito pelo SUS e métodos de prevenção como PrEP, PEP e vacinação, além de ressaltar que 92% das pessoas em tratamento antirretroviral já são indetectáveis no país.
01/12/2025 às 12:19por Redação Plox
01/12/2025 às 12:19
— por Redação Plox
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O Dezembro Vermelho marca uma ampla mobilização nacional em torno da prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos das pessoas que vivem com HIV, Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A campanha busca reforçar cuidados de saúde, combater o estigma e divulgar informações seguras sobre formas de prevenção e tratamento.
Dezembro Vermelho foi definido como o mês dedicado à conscientização sobre a prevenção do HIV, da AIDS e das ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis)
Foto: Freepik.
Instituído no Brasil pela Lei nº 13.504/2017, o Dezembro Vermelho organiza um conjunto de ações articuladas em todo o país para o enfrentamento ao HIV/Aids e às demais ISTs. As iniciativas seguem os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e envolvem diferentes esferas da administração pública, entidades da sociedade civil e organismos internacionais.
Tratamento e avanços no enfrentamento ao HIV
No Brasil, 92% das pessoas em tratamento com antirretrovirais já atingiram a condição de “indetectáveis” – estágio em que a carga viral é tão baixa que não é detectada em exames laboratoriais, não há transmissão do vírus e a pessoa consegue manter qualidade de vida sem desenvolver os sintomas da Aids.
Esse resultado está relacionado ao fortalecimento das ações do Ministério da Saúde voltadas à ampliação e oferta dos melhores esquemas terapêuticos disponíveis, com a incorporação de medicamentos de primeira linha para o tratamento do HIV.
O SUS também disponibiliza estratégias e tecnologias modernas de prevenção, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). Além disso, vem ampliando o acesso ao diagnóstico precoce e desenvolvendo ações específicas para populações-chave na resposta ao HIV, como pessoas trans, gays, homens que fazem sexo com homens, trabalhadores do sexo, população privada de liberdade e usuários de álcool e outras substâncias.
O que são ISTs e como acontecem as transmissões
O movimento Dezembro Vermelho também tem como propósito conscientizar a população sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis, causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Essas infecções são transmitidas, principalmente, pelo contato sexual (oral, vaginal ou anal) sem o uso de preservativo masculino ou feminino com uma pessoa infectada.
A transmissão pode ocorrer ainda de forma vertical, da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação, quando medidas de prevenção não são adotadas. De maneira menos comum, há risco de contágio por via não sexual, por meio do contato de mucosas ou de pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.
O tratamento adequado das pessoas com IST interrompe a cadeia de transmissão e contribui para melhorar significativamente a qualidade de vida. No SUS, atendimento, diagnóstico e tratamento são oferecidos de forma gratuita nos serviços de saúde.
Sintomas mais comuns das ISTs
As ISTs podem se manifestar por sinais como feridas, corrimentos e verrugas anogenitais. Outros sintomas incluem dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. As alterações surgem principalmente na região genital, mas podem aparecer também em outras partes do corpo, como palmas das mãos, olhos e língua.
Entre as ISTs mais conhecidas estão: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C e infecção pelo vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV).
Cuidados para prevenir ISTs
Observar o próprio corpo durante a higiene pessoal é uma atitude simples que pode ajudar a identificar uma IST em estágio inicial. Ao notar qualquer alteração, sinal ou sintoma, é fundamental procurar um serviço de saúde para avaliação e, se necessário, iniciar o tratamento.
O uso de preservativo masculino ou feminino em todas as relações sexuais – orais, anais e vaginais – é o método mais eficaz para evitar a transmissão das ISTs, do HIV/Aids e das hepatites virais B e C.
Embora existam vários métodos anticoncepcionais, o único capaz de prevenir simultaneamente a gravidez e as ISTs é a camisinha (masculina ou feminina). Sempre que possível, recomenda-se a dupla proteção: uso de preservativo associado a outro método anticonceptivo de escolha.
As unidades de saúde do SUS disponibilizam preservativos masculinos e femininos gratuitamente para a população.
Sexo seguro vai além do uso de camisinha
O conceito de “sexo seguro” costuma ser associado apenas ao uso de preservativos. Embora essa seja uma estratégia fundamental e que deve ser sempre estimulada, ela não esgota todas as possibilidades de proteção. Outras medidas de prevenção complementam essa prática e contribuem para uma vida sexual mais segura e saudável.
Entre essas ações, destacam-se:
– Usar preservativos em todas as relações sexuais;
– Manter o calendário vacinal em dia para hepatite A (HAV), hepatite B (HBV) e HPV;
– Conversar com a parceria sobre a testagem para HIV e outras ISTs;
– Realizar testagem regular para HIV e ISTs;
– Garantir o tratamento de todas as pessoas vivendo com HIV;
– Fazer o exame preventivo de câncer do colo do útero (colpocitologia oncótica);
– Utilizar a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), quando indicada;
– Utilizar a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicada;
– Conhecer e ter acesso a métodos de anticoncepção e concepção.
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