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Saúde
Entidades médicas pedem à Anvisa suspensão de canetas emagrecedoras manipuladas no Brasil
Organizações apontam risco sanitário iminente em versões manipuladas de agonistas de GLP-1/GIP, como tirzepatida e retatrutida, usadas em canetas emagrecedoras associadas a Ozempic, Wegovy e Mounjaro
01/12/2025 às 20:00por Redação Plox
01/12/2025 às 20:00
— por Redação Plox
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Médicos de algumas das principais entidades de saúde do país solicitaram formalmente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a suspensão, em todo o território nacional, da fabricação, comercialização, distribuição e prescrição de versões manipuladas de canetas emagrecedoras produzidas em farmácias de manipulação.
Médicos solicitam à Anvisa a suspensão de canetas para emagrecimento em farmácias de manipulação
Foto: Foto: Freepik/imagem ilustrativa
O alvo do pedido são as substâncias agonistas de GLP-1/GIP — tirzepatida, retatrutida e correlatas — usadas no tratamento da obesidade e conhecidas por nomes comerciais como Ozempic, Wegovy e Mounjaro.
O documento é assinado pela Associação Médica Brasileira (AMB), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Entidades apontam risco sanitário iminente
As organizações médicas afirmam haver risco sanitário iminente ligado à ampla circulação de formulações clandestinas, sem garantia de qualidade, pureza, esterilidade ou estabilidade.
Segundo as entidades, trata-se de peptídeos complexos cuja produção demanda processos industriais sofisticados, como validação de dose, testes avançados de estabilidade e envase asséptico, etapas que não poderiam ser reproduzidas em farmácias de manipulação.
As versões manipuladas, destacam, não possuem registro sanitário, não têm comprovação de equivalência farmacêutica, utilizam insumos sem procedência e, em muitos casos, não mantêm a cadeia fria, considerada etapa essencial para a segurança dessas moléculas.
Esquemas clandestinos são alvo de investigação
O pedido encaminhado à Anvisa menciona achados recentes da Polícia Federal que indicam a existência de esquemas organizados envolvendo produção irregular, importação clandestina de insumos farmacêuticos ativos (IFAs), venda por aplicativos de mensagens, divulgação por influenciadores e ausência total de rastreabilidade.
Para o presidente da AMB, César Eduardo Fernandes, a gravidade do cenário já ultrapassou casos isolados.
Estamos diante de um cenário que ultrapassa a irregularidade pontual. O que vemos é um sistema estruturado de fabricação e venda clandestina, com risco real e imediato para a saúde dos pacientesCésar Eduardo Fernandes
A Anvisa ainda não se manifestou sobre o pedido apresentado pelas entidades médicas.
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