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Política
Lula convoca ministros para tentar conter crise com Congresso e salvar pautas do governo
Reunião no Planalto ocorre em meio a críticas de Davi Alcolumbre à indicação de Jorge Messias ao STF e a impasses em projetos de segurança pública e na agenda econômica, como o ‘devedor contumaz’
01/12/2025 às 13:55por Redação Plox
01/12/2025 às 13:55
— por Redação Plox
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou para esta segunda-feira (1º/12) uma reunião com cinco ministros, no Palácio do Planalto, em meio à crise na relação com o Congresso Nacional e às dificuldades para aprovar pautas de interesse do governo.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foram chamados para o encontro os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social).
Crise com o Senado e atrito em torno de Jorge Messias
A tensão se acentuou no domingo (30/11), após o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), elevar o tom nas críticas à condução, pelo governo, da indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF). O senador acusou setores do Executivo de tentar desqualificar o Parlamento e demonstrou irritação com o atraso no envio formal da indicação ao Senado.
Responsável pela articulação política, Gleisi Hoffmann tentou conter a crise ao afirmar que o governo tem “o mais alto respeito e reconhecimento” por Alcolumbre e negou que haja intenção de negociar cargos e emendas em troca da aprovação do nome de Messias.
Insatisfeito com a escolha de Messias em vez do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Alcolumbre marcou para 10 de dezembro a sabatina do indicado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, prazo considerado apertado para que o candidato se reúna com todos os senadores e organize o apoio necessário à sua aprovação.
Pautas de segurança pública em foco
Além da crise política, a reunião deve tratar de temas prioritários na área de segurança pública, como o Projeto de Lei Antifacção, em análise no Senado após aprovação na Câmara em uma versão que desagrada ao governo, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que tramita na Câmara dos Deputados.
No caso do PL Antifacção, o governo tenta, no Senado, reverter mudanças feitas pela Câmara em relação ao texto original. Já na PEC da Segurança Pública, o Planalto busca evitar uma desfiguração da proposta, que deve ser votada nesta semana em uma comissão especial.
Projeto do devedor contumaz e tensão na Câmara
Outra prioridade do governo na área econômica é o projeto do “devedor contumaz”, defendido por Fernando Haddad como instrumento de combate a esquemas de sonegação fiscal. A proposta mira empresas que usam a inadimplência tributária como estratégia permanente de negócio, deixando de pagar impostos de forma reiterada e sem justificativa.
Ao mesmo tempo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), mantém um rompimento político com o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), após uma série de desentendimentos sobre a condução da votação do PL Antifacção. Esse descompasso entre Planalto e Congresso ocorre num momento em que o Executivo depende do Legislativo para aprovar pautas consideradas essenciais, em especial o Orçamento de 2026.
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