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Empresa de Neymar suspende parceria com farmacêutica alvo de operação da PF

NR Sports rompe, em comum acordo, contrato com a Unikka Pharma após a farmacêutica se tornar alvo de investigação sobre produção e venda ilegal de Mounjaro, remédio usado para tratar diabetes e obesidade

01/12/2025 às 08:00 por Redação Plox

A NR Sports, empresa responsável pela carreira de Neymar Júnior, suspendeu o contrato de parceria que mantinha com a farmacêutica Unikka Pharma. A decisão foi tomada após a companhia se tornar alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) contra uma rede suspeita de produzir, fracionar e vender ilegalmente o medicamento Mounjaro, usado no tratamento de diabetes e obesidade, deflagrada na última quinta-feira (27/11).

Em nota, a NR Sports informou que a suspensão do acordo ocorreu em comum acordo entre as partes, a fim de permitir que a Unikka apresente sua versão e organize sua defesa diante das acusações.


Em nota, a empresa responsável pela carreira de Neymar Júnior informou ter suspendido o contrato com a Unikka Pharma, alvo de investigação da PF

Em nota, a empresa responsável pela carreira de Neymar Júnior informou ter suspendido o contrato com a Unikka Pharma, alvo de investigação da PF

Foto: Divulgação

Após a apuração e conclusão das investigações, analisaremos a solução definitiva do contrato — comunicado da NR Sports

Nas redes sociais, a Unikka Pharma se disse vítima de uma injustiça e negou qualquer participação em um esquema ilegal de venda e manipulação de Mounjaro.

No posicionamento público, a empresa destacou ser uma farmácia legalizada, com mais de 300 colaboradores, e afirmou atuar com todas as licenças exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (Covisa). Segundo a companhia, a comercialização de medicamentos é feita apenas mediante apresentação de receitas.

A farmacêutica atribuiu a investigação da PF ao fato de “uma multinacional estrangeira não conseguir competir”. Em um segundo comunicado, a Unikka declarou que o médico Gabriel Almeida, também investigado na operação, não tem vínculo societário com a empresa, sendo apenas eventualmente contratado, por meio de uma empresa de educação, para ministrar palestras e participar de eventos científicos.

Operação mira produção e venda ilegal de Mounjaro

Durante o cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal encontrou carros e relógios de luxo, além de um jatinho, em clínicas, laboratórios, estabelecimentos comerciais e residências ligadas aos investigados em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.

A investigação apontou que o grupo mantinha uma estrutura de fabricação em condições consideradas incompatíveis com padrões sanitários, realizando envase, rotulagem e distribuição do medicamento de forma irregular. Foram identificados indícios de produção em série em escala industrial, prática não permitida pela legislação.


PF deflagra operação contra fabricação e comércio clandestinos do Mounjaro

PF deflagra operação contra fabricação e comércio clandestinos do Mounjaro

Foto: Divulgação/ Polícia Federal

PF realiza operação contra fabricação e comércio clandestinos do Mounjaro

PF realiza operação contra fabricação e comércio clandestinos do Mounjaro

Foto: Divulgação/ Polícia Federal

PF deflagra operação contra fabricação e comércio clandestinos de Mounjaro

PF deflagra operação contra fabricação e comércio clandestinos de Mounjaro

Foto: Divulgação/ Polícia Federal

PF realiza operação contra fabricação e comércio clandestinos do Mounjaro

PF realiza operação contra fabricação e comércio clandestinos do Mounjaro

Foto: Divulgação/ Polícia Federal

PF deflagra operação contra fabricação e comércio clandestinos do Mounjaro

PF deflagra operação contra fabricação e comércio clandestinos do Mounjaro

Foto: Divulgação/ Polícia Federal

Segundo a PF, o material era vendido por meio de plataformas digitais, “sem controles mínimos de qualidade, esterilidade ou rastreabilidade, elevando o risco sanitário ao consumidor”. A apuração também indicou o uso de estratégias de marketing digital para induzir o público a acreditar que a produção rotineira de tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro, seria permitida.


A corporação informou ainda que as medidas executadas na operação tiveram como objetivo interromper a atividade ilícita, identificar os responsáveis pela cadeia de produção e distribuição e recolher documentos, equipamentos e insumos para análise laboratorial e perícia técnica dos materiais apreendidos.

A ação contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e das vigilâncias sanitárias dos estados de São Paulo, Bahia e Pernambuco.

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