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Preso internado após incêndio em penitenciária de Marília morre e total de vítimas chega a oito
Detento não resistiu aos ferimentos após incêndio iniciado em cela de isolamento por preso indisciplinado; tragédia soma oito mortos e 12 feridos, incluindo cinco policiais penais, e é alvo de investigação sobre falhas e superlotação
01/12/2025 às 08:50por Redação Plox
01/12/2025 às 08:50
— por Redação Plox
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A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) confirmou nesta segunda-feira (1º) a morte de mais um detento vítima do incêndio que atingiu a Penitenciária de Marília (SP) em 25 de novembro.
Incêndio em penitenciária de Marília, no interior de SP, deixa 8 detentos mortos
Foto: Divulgação / SAP.
O óbito ocorreu na noite de sábado (29). O preso fazia parte do grupo de cinco detentos que permaneciam internados em hospitais da cidade em decorrência da fumaça tóxica gerada pelo fogo.
Oito mortos e 12 feridos após incêndio na unidade
Com a nova morte, sobe para oito o número de detentos mortos no incêndio provocado no setor de inclusão da Penitenciária de Marília. Ao todo, segundo a SAP, oito pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas, entre elas cinco policiais penais.
O preso responsável pelo incêndio foi atendido e encaminhado ao Hospital das Clínicas de Marília, onde segue internado sob escolta da Polícia Penal
Foto: Reprodução / TV TEM.
De acordo com as informações oficiais, a fumaça se espalhou rapidamente pelos setores da unidade, causando intoxicação em dezenas de internos e servidores. As vítimas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital das Clínicas, à Santa Casa de Marília e às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Norte e Sul.
Como o incêndio começou
O incêndio teve início no fim da tarde de 25 de novembro, por volta das 17h, após um detento colocar fogo em seus próprios pertences dentro de uma cela no setor de inclusão da penitenciária.
Boletim de ocorrência registra que o preso estava nessa área por “motivos de indisciplina”. Nesse setor, o detento permanece recluso em cela individual, com saída apenas para atendimentos, banho de sol ou situações específicas.
Segundo o registro policial, o incêndio começou quando o homem ateou fogo aos objetos pessoais que mantinha na cela. Ainda não há informação sobre o material utilizado para iniciar as chamas.
A fumaça tóxica tomou rapidamente a unidade, provocando a morte de sete detentos no mesmo dia. Os corpos dessas sete vítimas já foram liberados para as famílias.
Identificação das vítimas
Foram confirmadas as mortes dos seguintes detentos:
Doildo Diego Pires, 35 anos
Wallace Ferreira dos Reis, 22 anos
Charles Andrey Souto Silva, 44 anos
Wender Felipe Maciel, 25 anos
Matheus Gregorio da Silva, 22 anos
Caio Vinicius Oliveira, 25 anos
Thiago Nascimento de Oliveira, 25 anos
A identidade do oitavo detento, que morreu no sábado (29), ainda não havia sido divulgada pela SAP até a última atualização das informações.
Atendimento às vítimas e situação dos feridos
Agentes penitenciários iniciaram o combate às chamas antes da chegada do Corpo de Bombeiros e do Samu. Equipes do Baep e da Força Tática atuaram no resgate e na evacuação da área.
Segundo a Prefeitura de Marília, as vítimas foram distribuídas entre diferentes unidades de saúde para agilizar o atendimento. Dois presos receberam alta médica na madrugada de 26 de novembro e retornaram à penitenciária, enquanto outros cinco permaneceram internados após o incêndio — um deles acabou morrendo no sábado, elevando para oito o total de mortes.
O detento apontado como responsável por iniciar o fogo foi socorrido e levado ao Hospital das Clínicas de Marília, onde permanece internado sob escolta da Polícia Penal. O caso foi registrado como homicídio e lesão corporal. Todos os servidores intoxicados já receberam alta.
Superlotação e riscos estruturais
Em nota, a SAP informou que instaurou procedimento interno para apurar o caso e que oferece apoio às famílias dos detentos mortos. A prefeitura destacou que reforçou as equipes de emergência e distribuiu os feridos em diferentes serviços de saúde.
O diretor regional do Sindicato dos Policiais Penais de São Paulo, Luciano Carneiro, afirmou ao g1 que a unidade opera acima da capacidade prevista e apontou riscos estruturais no prédio, ressaltando que a diretoria e os servidores atuaram intensamente no socorro, o que resultou em agentes feridos.
Investigações em andamento
A perícia esteve na penitenciária em 26 de novembro. Até o momento, não há confirmação sobre a motivação do detento que iniciou o fogo, nem sobre possíveis falhas estruturais ou operacionais que possam ter contribuído para a rápida propagação da fumaça.
Funcionários da unidade começaram a ser ouvidos em 27 de novembro no inquérito instaurado pela Polícia Civil para apurar o caso.
A Defensoria Pública informou, em nota, que acompanha o caso, aguarda a conclusão das apurações pelas autoridades competentes e se colocou à disposição das famílias para acolhimento, orientação e adoção de eventuais medidas jurídicas e administrativas. O órgão também relatou que um defensor esteve na penitenciária. O Ministério Público não havia se manifestado até a última atualização das informações.
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